A parceria inesperada entre futuros nomes de destaque no Brasil começou nos corredores da Universidade Federal da Bahia, onde Manuela Dias, Wagner Moura e o ex-deputado Jean Wyllys dividiram a mesma turma de Comunicação Social. Foi ali, como relembrou Manuela em entrevista à GQ nesta terça-feira (2), que nasceu um breve romance entre ela e Wagner, um capítulo afetivo que não vingou, mas que deixou marcas profundas.

Ao revisitar aquele período, a autora do remake de “Vale Tudo” contou ter sido imediatamente capturada pelo magnetismo do colega: “Wag é um desses amores que levamos para sempre, transmutado. Lembro até hoje da primeira vez que o vi: ele usava uma calça de alfaiataria feita por sua mãe, Piu Piu, e sapatos de camurça de amarrar. Existia algo em seu olhar que me capturou para sempre”.

Segundo ela, o talento de Wagner já era evidente muito antes de se tornar o astro reconhecido que é hoje. “Quando o vi em cena pela primeira vez, em uma peça dirigida por Zé Possi Neto, tive certeza de que um foguete estava decolando, um vulcão entrara em erupção. Assim foi: o galã de olhos tristes vê horizontes cada vez mais longínquos. Ele é ator, pensador, escritor, ativista… Um artista que amplia todos os conceitos”, afirmou, dando crédito à força artística do ex-namorado.

O destino, no entanto, tomou rumos diferentes. Foi na mesma universidade que Wagner conheceu Sandra Delgado, com quem só engataria um relacionamento anos depois, ao se reencontrarem em 2001. Desde então, não se separaram mais e construíram uma família ao lado dos filhos Bem, de 19 anos, Salvador, de 15, e José, de 13. Morando nos Estados Unidos há oito anos, o ator planeja retornar à Bahia quando os filhos atingirem a maioridade, um desejo antigo que ele já havia manifestado publicamente.

O romance universitário poderia ter ido além?

Apesar da intensidade com que Manuela descreve aquele período, ela reconhece que a vida se encarregou de conduzir cada um para seu próprio caminho. Ainda assim, o capítulo vivido ao lado do “galã de olhos tristes” permanece, como ela mesma relembra, “transmutado”, mas nunca esquecido.