Vilnius apelou a que a Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) agisse rapidamente para reforçar a defesa aérea lituana, após ter confirmado que um drone russo violou o espaço aéreo do país ao cruzar a fronteira da Bielorrússia. 


“Na segunda-feira passada, um drone militar russo violou o espaço aéreo
lituano. Este é o segundo incidente deste tipo em menos de um mês.
Outros aliados também relataram violações semelhantes do espaço aéreo
recentemente”
, escreveu o ministro dos Negócios Estrangeiros da Lituânia, Kęstutis Budrys, no X. 


“Estes incidentes repetidos representam um sinal alarmante da propagação
da agressão da Rússia contra a Ucrânia para o território da NATO”
, alerta Kęstutis Budrys, denunciando uma ameaça “real e crescente”. 

 


Numa carta conjunta enviada ao chefe da NATO, Mark Rutte, o ministro lituano dos Negócios Estrangeiros, Kestutis Budrys, e a sua ministra da Defesa, Dovile Sakaliene, pediram “medidas imediatas para reforçar as capacidades de defesa aérea da Lituânia”, entre elas a implementação integral do modelo de defesa aérea rotativa.


Apelo à implementação integral do modelo de defesa aérea rotativa


Recorde-se que os três países do Báltico e estados-membros da NATO – Lituânia, Letónia e Estónia – não tem capacidade para patrulhar os seus próprios espaços aéreos e a sua defesa aérea é assegurada por outros países da Aliança militar, em regime rotativo. Portugal já participou oito vezes na missão de patrulhamento aéreo dos Bálticos.


“A defesa aérea é vital para a segurança dos Aliados. Garantir a segurança da flanco oriental da NATO deve continuar a ser uma prioridade máxima para a Aliança”, defende Kestutis Budrys no X.


Sobre a situação na Ucrânia, o presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy disse ter tido esta tarde uma “conversa produtiva” com o presidente americano, sobre a importância de pressionar Moscovo a “parar com os assassinatos o mais rapidamente possível”, poucos dias antes do prazo final do ultimato lançado por Trump à Rússia. 


Em cima da mesa estiveram os planos de Trump para impor sanções e tarifas secundárias à Rússia.


c/agências