A Direção-Geral da Saúde (DGS) veio esta segunda-feira rejeitar “qualquer discriminação seja por que motivo for”, após uma onda de comentários de desagrado nas redes sociais dirigidos a uma publicação sobre o Dia Internacional da Luta Contra a Sida.

Em comunicado enviado à agência Lusa, citado pelo Saúde Mais, a autoridade de saúde sublinhou que cumpre os princípios da Carta dos Direitos Fundamentais da União Europeia, que condena discriminação em razão de sexo, raça, cor, origem étnica ou social, entre outros fatores.

A controvérsia surgiu após a DGS partilhar nas suas plataformas digitais uma imagem disponibilizada pela ONUSIDA, com três pessoas negras de braço erguido e a mensagem “A Sida não acabou”. A publicação motivou vários comentários críticos por parte de utilizadores que consideraram a imagem inadequada ou discriminatória.

A DGS esclareceu que a imagem foi “produzida e disponibilizada pela ONUSIDA” para assinalar a data e que apenas procedeu à tradução para português. O material, acrescentou, foi igualmente divulgado por parceiros comunitários.

Durante o dia, a DGS substituiu a versão traduzida pela imagem original em inglês (“AIDS is not over”), alegando pretender reforçar a perceção da mensagem e da sua origem institucional, “sempre em pleno respeito pelos direitos humanos”.

A autoridade de saúde acrescenta que o objetivo da campanha é sensibilizar para o facto de que a Sida “ainda não acabou” e que continua a existir um longo caminho a percorrer para reduzir riscos e alcançar as metas dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, que apontam para a eliminação da doença como ameaça de saúde pública até 2030.

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