Os trabalhos de investigação levaram à identificação do animal como uma das maiores espécies de polvo do Mundo. Também conhecidos como “septopus”, estes moluscos marinhos têm oito “braços”, embora sejam conhecidos como polvo de sete braços, por aparentarem ter menos um tentáculo. De acordo com a bióloga marinha Lauren Smith, da East Grampian Coastal Partnership, esta é uma espécie “notável e raramente documentada”.
“Fomos informados pela primeira vez que havia algo estranho na praia no fim de semana, quando reportaram o avistamento de partes de um polvo na praia. No entanto, só pudemos sair depois da maré alta seguinte, quando apenas partes dos tentáculos puderam ser encontradas. Eram algo que claramente nunca tínhamos visto, com um grande diâmetro e ventosas demasiado grandes para o polvo comum que vemos aqui na costa”, explicou Catriona Reid, gerente da Reserva Natural de Forvie.
O especialista explicou à BBC que chegaram a especular serem os restos mortais de uma lula gigante, outra criatura esquiva das profundezas marinhas que pode crescer até 14 metros de comprimento. No entanto, as ventosas nos tentáculos não tinham dentes como os de uma lula. Segundo Reid, esse fator contribuiu para desvendar o “mistério”.
Por fim, os tentáculos foram identificados como pertencentes a um polvo de sete braços. “Esta é uma espécie de águas profundas, geralmente encontrada abaixo dos 500 metros. É um enigma perceber como os braços chegaram aqui”, afirmou Reid.
A maior parte do Mar do Norte, exceto a Fossa Norueguesa, que tem cerca de 700 metros de profundidade, é mais rasa do que isso.
De acordo com Laura Smith, esta é uma “descoberta extraordinária”, que oferece uma oportunidade valiosa para estudos futuros e sublinha o “quão pouco sabemos sobre as criaturas que habitam as águas profundas”.
Os restos mortais recuperados foram congelados para estudos e alguns poderão ser preservados e expostos em museus.