O secretário de Saúde dos Estados Unidos, Robert F. Kennedy Jr., anunciou nesta terça-feira (5) que o governo federal vai encerrar o financiamento e cancelar contratos relacionados a 22 projetos de vacinas baseadas em tecnologia de RNA mensageiro (mRNA), voltadas à prevenção de doenças respiratórias como Covid-19, gripe e o vírus da gripe aviária H5N1.
- Estudo de Yale: vírus da Covid causa acúmulo de proteínas relacionadas ao Alzheimer
- Leia também: laboratório japonês pede aprovação para tratamento com células-tronco contra o Parkinson
Segundo a revista americana Newsweek, a decisão impacta diretamente parcerias com grandes empresas farmacêuticas, como Pfizer e Moderna, responsáveis pelo desenvolvimento dos imunizantes. Segundo Kennedy, os projetos totalizavam investimentos de US$ 500 milhões. No Brasil, o valor seria equivalente a R$ 2,77 bilhões.
Campanha de vacinação contra a poliomielite começa na Faixa de Gaza
Recentemente foi confirmado o primeiro caso da doença em 25 anos na região
Conhecido por adotar uma postura crítica em relação às vacinas, o secretário afirmou que a medida foi tomada após uma revisão técnica conduzida pela Autoridade de Pesquisa e Desenvolvimento Biomédico Avançado (BARDA). De acordo com Kennedy, os dados disponíveis indicam que vacinas mRNA “não oferecem proteção eficaz contra infecções respiratórias superiores”, como Covid-19 e gripe sazonal.
“Revisamos os dados, ouvimos especialistas e agimos. Estamos redirecionando esses recursos para plataformas vacinais mais seguras e de amplo espectro, que continuem eficazes mesmo com a mutação dos vírus”, declarou o secretário, por meio de uma publicação na rede social X.
Kennedy não detalhou quais seriam essas “novas plataformas”, mas afirmou que a prioridade é buscar alternativas “melhores e mais duradouras” em comparação às vacinas baseadas em RNA mensageiro. A tecnologia foi amplamente utilizada durante a pandemia de Covid-19 e considerada crucial para a redução de casos graves e mortes.