Em abril de 2009, Ronnie James Dio montou uma playlist com dez músicas favoritas e comentou, uma a uma, o motivo de cada escolha, explicando o impacto pessoal que certas faixas tiveram na vida dele.

E entre todos esses nomes, tinha uma escolha que ele tratava como algo acima de qualquer comparação. Não só pela admiração musical, mas por uma ligação emocional bem direta, daquelas histórias que um músico guarda porque sabe que não vai se repetir. A faixa era “A Day in the Life”. E a banda por trás dela, ele não escondeu: “minha banda favorita na Terra, os Beatles”.

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A declaração não veio sozinha. Dio afirmou que aquela música “vai a lugares que eu nunca pensei que alguém teria ido antes”. O impacto foi tão concreto que ele descreveu uma lembrança bem específica do primeiro contato com a canção. “Posso me lembrar de estar dirigindo na primeira vez que escutei e tive que sair da estrada.” E completou com o tipo de frase que dispensa tradução de sentimento: “Eu simplesmente fiquei impressionado”.

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Para ele, o motivo não estava só no peso histórico dos Beatles, mas no jeito como eles escreviam e arriscavam. Dio disse que “Para mim é a melhor música que já ouvi.” E reforçou que essa relação com a banda nunca mudou: “Será sempre minha música favorita e eles sempre serão minha banda favorita.”

Ele ainda abriu espaço para comentar algo que normalmente não aparece quando um cantor de metal fala sobre os Beatles: o valor da identidade vocal. Dio afirma que, mesmo com limitações técnicas, John Lennon tinha um estilo “brilhante e reconhecível”, e emenda um elogio claro a Paul McCartney, destacando a versatilidade dele.

No fim das contas, o que ficou daquela lista de 2009 foi uma imagem simples e forte: um dos maiores vocalistas do rock pesado lembrando que também foi um ouvinte comum, pego de surpresa por uma música a ponto de encostar o carro. E, para quem vive de cantar com intensidade, talvez essa seja a forma mais honesta de dizer que uma canção realmente te venceu.

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