Se existe uma novela interminável no mundo do heavy metal, é a que envolve a separação entre Max Cavalera e o Sepultura. A “trama” começou em dezembro de 1996, quando o lendário guitarrista e vocalista decidiu deixar o grupo que havia fundado em 1984 ao lado do irmão, o baterista Iggor.
Como é de conhecimento geral, o rompimento passou longe de ser amigável. Irritado com a demissão da empresária Gloria – sua esposa -, Max “puxou o carro” e encerrou sua relação com os demais integrantes do Sepultura (à época, Iggor, o baixista Paulo Xisto e o guitarrista Andreas Kisser).
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Foto: Reprodução – Slave New World
Desde 1996, Max e Sepultura seguiram caminhos completamente distintos. Ainda assim, a cisão permanece como assunto recorrente nas entrevistas concedidas por ambas as partes.
Uma reunião entre o vocalista e sua antiga banda sempre pareceu improvável – especialmente após Iggor deixar o Sepultura em 2006 e se reconciliar com o irmão. Ainda assim, em 2010, Max tentou uma reaproximação, conforme aponta matéria especial publicada pela Metal Hammer.
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Segundo o músico, a volta do Faith No More o inspirou a cogitar um retorno. Ele chegou a procurar Andreas Kisser, mas a ideia não avançou.
“Eu estava tentando. Achei que seria muito legal. Principalmente depois de ver o Faith No More voltar. Pensei: ‘Por que não podemos fazer o mesmo?’. Cheguei a conversar com o Andreas por telefone sobre isso, tipo: ‘Vamos lá, cara, vamos fazer isso. Vamos nessa. O mundo inteiro quer. Seria ótimo’. E ele concordou comigo, mas algumas semanas depois tudo voltou a dar errado. Então eu pensei: ‘Quer saber? Não vou tentar mais’.”
Andreas, que também deu seu depoimento à Metal Hammer, contou que foi procurado em outras oportunidades. O guitarrista também relatou um breve encontro com o casal Cavalera.
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“Houve muitas conversas sobre reunião, principalmente com a Gloria. São sempre eles que nos procuram.
Nós dois tocamos em um festival na Alemanha [em 2009], Sepultura e Soulfly, pela primeira vez. Nosso ônibus estava estacionado e o deles estava estacionado a poucos metros de distância. Eu fui até lá, Gloria estava lá. Eu a abracei [e perguntei]: ‘E aí, tudo bem? Como vai?’. E, a partir dali, ela ficou tipo: ‘OK, talvez a gente possa deixar todas essas coisas ruins para trás e tentar de novo’.
Não avançou, porque é algo completamente fora da realidade. Não faz parte do que somos. Esse Sepultura que eles têm em mente não somos nós.”
O tempo passou, a reunião não se concretizou e o Sepultura está prestes a encerrar suas atividades. Há quem ainda sonhe com a participação de Max e Iggor no último concerto do grupo, mas, diante dos acontecimentos recentes, esse reencontro parece cada vez mais distante. Leia mais a seguir.
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