Nova estratégia externa dos EUA aplaude o aumento da influência “de partidos europeus patriotas” e defende que a América deve encorajar este crescimento.

São duras críticas à Europa por parte de Donald Trump. E um sério aviso que os EUA estão dispostos a interferir diretamente para criar vencedores na política europeia.

A nova Estratégia de Segurança Nacional vai servir de “roteiro” para garantir que os EUA continuam como a “maior nação e com mais sucesso na história da humanidade”.

O documento aplaude o crescimento da influência “de partidos europeus patriotas” e defende que a América deve encorajar os “seus aliados políticos na Europa para promover este revivalismo de espírito”.

“O maior desafio que a Europa enfrenta inclui a atividade da União Europeia e outros órgãos transnacionais que subjugam a liberdade política e a soberania, políticas migratórias que transformam o continente e criam tensão, censura da liberdade de expressão e supressão de oposição política, minando as taxas de natalidade e a perda de identidade nacional e de autoconfiança”, segundo o documento citado pelo “Politico”, “BBC”, “Reuters” ou “CNN”.

Na Ucrânia, o documento defende uma resolução rápida do conflito, de forma a restabelecer uma “estabilidade estratégica” com a Rússia.

O “Politico” destaca que o “documento ecoa a teoria de conspiração racista da ‘grande substituição’, isto é, que as elites conspiram para diminuir o poder de votos dos brancos europeus ao abrir as portas dos países à imigração africana ou de países muçulmanos”.

Segundo o documento, “no longo prazo, é mais do que plausível que dentro de uma décadas, o mais tardar, alguns membros da NATO vão tornar-se em maiorias não-europeias”.

O documento defende também o regresso da Doutrina Monroe, datada do século XIX, que defende que a zona de influência de Washington é o hemisfério ocidental.

O objetivo é “restaurar a superioridade americana” no hemisfério ocidental e colocar a região no topo da política externa da Casa Branca de TRUMP:

Desde que regressou ao poder que mencionou em recuperar o Canal do Panamá ou em anexar a Gronelândia ou o Canadá.

Mais concretamente, os EUA têm vindo a aumentar a sua presença militar nas Caraíbas, ameaçando lançar ataques na Venezuela com a justificação com o combate ao narcotráfico.

Na região, os EUA contam agora com 15 mil soldados, uma dúzia de navios de guerra, incluindo o seu maior porta-aviões.