O presidente do Chega, André Ventura, anunciou, esta terça-feira, que vai propor ao Governo português para impedir a entrada em Portugal do juiz do Supremo Tribunal Federal (STF) do Brasil, Alexandre de Moraes, ou mesmo de ter “qualquer ligação com Portugal”, seja em termos de “presença ou património”.

Num vídeo publicado nas redes sociais, o líder do Chega reagiu à prisão domiciliária do antigo Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, que foi colocado naquela situação, segundo André Ventura, por usar “redes sociais” em que divulgou as suas “imagens e mensagens”, usufruindo da sua “liberdade de expressão”.

“O Brasil precisa que nós digamos a quem manda lá — ao governo corrupto de Lula da Silva — que não pode fazer o que quiser”, disse André Ventura, incluindo o juiz Alexandre de Moraes. “Não é uma questão de concordar ou não com Bolsonaro. É que o Lula é um corrupto, ladrão e ditador.”

Para André Ventura, Lula da Silva está a transformar o Brasil numa “ditadura”. “Alexandre de Moraes é o braço judicial dessa ditadura. Temos de compreender isso. O Brasil já não está a viver uma democracia”, defende o líder do Chega.

Ainda que o Brasil seja um “país soberano”, André Ventura acredita que é importante que Portugal “dê um sinal”, tal como fez com o “poder corrupto de Angola, com o poder de Moçambique, com o poder corrupto do Brasil”.

O regime brasileiro tem de “perceber”, segundo André Ventura, que Portugal “não está a brincar”. “A liberdade e a democracia é para ser levada a sério”, indicou, temendo que, se o Governo não tomar uma tendência, esta tendência chegue a Portugal.