Pelo menos dois homens e uma mulher, entre os 35 e os 55 anos, morreram na tarde deste domingo depois de terem sido arrastados por uma onda na costa de Santiago del Teide, no sudoeste de Tenerife, uma área muito visitada conhecida como Los Gigantes. O alerta para o acidente foi dado pouco depois das quatro da tarde, quando várias pessoas foram surpreendidas por um golpe de mar numa piscina natural junto às falésias.

O Centro Coordenador de Emergências e Segurança das Canárias confirmou que há ainda uma pessoa desaparecida. O presidente da Câmara de Santiago del Teide, Emilio Navarro, declarou à rádio regional que os meios de salvamento permanecem mobilizados e que as buscas prosseguem por terra, mar e ar.

Segundo informações das equipas no terreno, um helicóptero de Salvamento Marítimo resgatou do mar uma pessoa com vida, tendo recuperado também o corpo de uma das vítimas mortais. Elementos do serviço de salvamento de praia, em motos de água, retiraram uma mulher em paragem cardiorrespiratória. No cais, o Serviço de Urgências Canário aplicou manobras avançadas de reanimação, conseguindo reverter a situação antes de a vítima ser transportada numa ambulância medicalizada para um helicóptero que a levou ao Hospital de La Candelaria, em Santa Cruz de Tenerife.

Zona estava vedada devido ao aviso de mau tempo

As equipas de socorro recuperaram ainda os corpos de mais duas vítimas. Outras três pessoas, dois homens e uma mulher, foram assistidas pelos serviços médicos, uma delas necessitando de ser encaminhada para um hospital.

Um helicóptero do Grupo de Emergências e Salvamento realizou várias buscas aéreas, enquanto Salvamento Marítimo e Bombeiros de Tenerife reforçaram a operação com meios no oceano. As autoridades não adiantaram nacionalidades, mas as primeiras informações indicam que as vítimas seriam turistas.

A Direção-Geral de Emergências das Canárias mantém ativa desde quinta-feira uma pré-alerta devido ao mau estado do mar em várias ilhas do arquipélago, incluindo Tenerife. O presidente da câmara de Santiago del Teide afirmou que o acesso à zona estava vedado e sinalizado desde o início desta fase de alerta.

O arquipélago regista com frequência episódios de forte agitação marítima. Só nos primeiros onze meses deste ano, 60 pessoas morreram afogadas nas Canárias, menos sete do que no mesmo período do ano passado, segundo dados da Associação para a Prevenção de Acidentes Aquáticos.