Sete países da União Europeia (UE) apelaram esta segunda-feira, 8 de dezembro, a uma rápida aprovação do empréstimo de reparações à Ucrânia, assente em ativos russos congelados, vincando que tal apoio colocaria Kiev “numa posição mais forte” nas negociações com a Rússia.
“O tempo é essencial. Ao alcançarmos uma decisão sobre o empréstimo de reparações no Conselho Europeu em dezembro, temos a oportunidade de colocar a Ucrânia numa posição mais forte para se defender e numa melhor posição para negociar uma paz justa e duradoura”, vincam os líderes da Estónia, Finlândia, Irlanda, Letónia, Lituânia, Polónia e Suécia numa carta enviada aos presidentes do Conselho Europeu, António Costa, e da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.
A duas semanas de tal medida – à qual a Bélgica se opõe – ser discutida em cimeira europeia, os sete países dizem que, “tendo em conta a atual dimensão e urgência das necessidades orçamentais e militares da Ucrânia”, apoiam “firmemente a proposta da Comissão de um empréstimo de reparações financiado pelos saldos de caixa provenientes dos ativos russos imobilizados na UE”.
“Para além de ser a solução financeiramente mais viável e politicamente mais realista, responde ao princípio fundamental do direito da Ucrânia a uma compensação pelos danos causados pela agressão”, adiantam na missiva Kristen Michal (primeira-ministra da Estónia), Petteri Orpo (primeiro-ministro da Finlândia), Michel Martin (primeiro-ministro da Irlanda), Evika Silina (primeira-ministra da Letónia), Gitanas Nausėda (Presidente da Lituânia), Donald Tusk (primeiro-ministro da Polónia) e Ulf Kristersson (primeiro-ministro da Suécia).
A posição surge no dia em que os presidentes do Conselho Europeu, António Costa, e da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, o secretário-geral da NATO, Mark Rutte, e o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, vão encontrar-se em Bruxelas e depois de, na passada quarta-feira, a Comissão Europeia ter proposto um polémico empréstimo de reparações com base em ativos russos congelados e um crédito de menor dimensão assente no orçamento da União Europeia (UE), para apoiar a Ucrânia em 2026 e 2027.