O Brasil é um dos principais alvos de ciberataques em sistemas Linux e Mac, segundo o Panorama de Ameaças da Kaspersky. O Linux – sistema operacional amplamente utilizado em servidores e computadores – registrou 385 mil ataques bloqueados no país entre agosto de 2024 e julho de 2025. Já nos computadores da Apple, foram registrados 180 mil bloqueios no mesmo período. Veja abaixo os tipos de ataque mais frequentes nestes sistemas e como se proteger.
No Brasil, os ataques mais frequentes no sistema Linux foram o “Backdoor.Linux.Prometei” (18,17%), um tipo de malware que cria uma ‘porta dos fundos’ no sistema, permitindo que invasores tenham acesso remoto ao invasor, e o “Exploit.Linux.DLink” (7,14%), que é um código malicioso que explora falhas de segurança em roteadores e dispositivos D-Link. Ambos os casos reforçam a importância crucial de manter todos os sistemas e equipamentos atualizados para evitar que essas vulnerabilidades sejam exploradas.
No Brasil, as principais ameaças aos sistemas Mac foram o “RiskTool.OSX.Miner.gen” (14%), que é uma ferramenta de risco frequentemente usada para instalar programas de mineração de criptomoedas sem consentimento, e o “Exploit.OSX.Dypti” (12,91%), um programa que aproveita vulnerabilidades específicas em sistemas Mac. Essas detecções mostram a diversidade de métodos que os criminosos utilizam para atacar sistemas específicos.
Fabio Assolini, diretor da Equipe Global de Pesquisa e Análise da Kaspersky para a América Latina, explica: ” Antigamente acreditava-se que esses sistemas seriam inerentemente mais seguros, porém essa premissa não se sustenta mais diante da sofisticação dos atacantes. A alta utilização de Linux em infraestruturas críticas, servidores e dispositivos IoT o torna um alvo importante. Da mesma forma, a crescente popularidade dos computadores da Apple, com sistema Mac atrai a atenção de cibercriminosos.
“É fundamental que empresas, órgãos públicos e usuários adotem uma postura proativa em relação à segurança. A proteção não é opcional, mas uma necessidade contínua. Manter sistemas atualizados, usar soluções de segurança confiáveis e aplicar senhas fortes são medidas básicas, porém essenciais, para reduzir riscos e proteger dados e operações”, completa Fabio Assolini.