A mina cheira a maçãs podres. É o cheiro a grisu, gás pungente e inflamável que se acumula no teto dos túneis escuros onde se extrai o carvão. Foram inventados dispositivos modernos para detetá-lo, mas os antigos mineiros, na maioria reformados, dizem que são menos fiáveis do que uma lâmpada de segurança. Nas zonas perigosas, a chama alertava-os para o risco, porque ficava azul e depois apagava-se. Nesse caso, fugiam para a superfície numa corrida pela escuridão total, para salvar as suas vidas.
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