O Município de Vieira do Minho aprovou, quinta-feira, em reunião do Executivo, o orçamento para 2026, que prevê receitas de 25,2 milhões de euros e que contempla uma nova geração de apoios sociais, à natalidade, às despesas de saúde e um complemento para idosos carenciados.



O presidente Filipe Oliveira adiantou a O MINHO que o programa “Vieira + Vida”, de apoio à natalidade, contempla a atribuição de dois mil euros por cada criança nascida, verba concedida desde que seja gasta em compras no comércio local.

“Assumimos, assim, os graves desequilíbrios demográficos e sociais que marcam o concelho – com um índice de envelhecimento de 353,3 e apenas 49 nascimentos em 2024 – problemas que se agravaram ao longo dos últimos anos e que exigem respostas firmes e imediatas”, disse.

Já o projeto “Vieira + Saúde” – outra das promessas eleitorais do PS, abarca a criação de um seguro de saúde para todos os habitantes com mais de 18 anos, enquanto que a medida “Vieira + Igual” implica o pagamento de um 15.º mês aos cidadãos com pensões baixas.

“Vamos, agora, fazer um regulamento onde discriminamos os apoios e os seus beneficiários”, vincou, lembrando que há muitas pessoas no concelho com pensões de sobrevivência inferiores a 300 euros mensais.

Em sua opinião, estes três eixos de política social são estratégicos para revitalizar o concelho, recuperar população, dinamizar a economia e reforçar a coesão territorial”.

PSD votou contra orçamento 

Na votação do orçamento, os três vereadores da oposição (PSD) votaram contra, tendo a maioria socialista lido uma declaração de voto, dizendo que, no plano financeiro, “não pode deixar de registar os constrangimentos herdados”.

E acrescenta: “A despesa corrente atinge 16,877 milhões de euros, representando 67% do total, e dentro dela destaca-se o peso excessivo das despesas com pessoal (9, 807 milhões), resultado direto da expansão do quadro nos anos anteriores, particularmente intensificada em 2025, em final de ciclo autárquico”.

O PS assinala, a propósito, que “esta estrutura rígida limita a capacidade de investimento e condiciona os exercícios orçamentais dos próximos anos” e chama a atenção para o “impacto estrutural da situação, cujo peso se projeta nas previsões plurianuais e que exige uma gestão rigorosa, responsável e focada na recuperação da sustentabilidade financeira do Município”.