Leitão Amaro sublinhou que Portugal era anteriormente identificado como um dos países europeus com menor capacidade de retorno: “Portugal aparecia no relatório, porque essa era a realidade passada, como fazendo 400 retornos por ano. Era o país da Europa que menos retornos realizava. No ano de 2025, veja a diferença: passámos de 400 para 23 mil, passámos para o top seis ou top sete naquele relatório.” O ministro acrescentou que as estatísticas analisadas em Bruxelas estão desatualizadas, uma vez que apenas incluem dados recolhidos até junho, anteriores às novas diretrizes migratórias nacionais.
O responsável adiantou ter informado a Comissão Europeia de que Portugal atravessa “uma mudança de situação”, marcada pelo aumento dos retornos e pela diminuição dos pedidos de asilo. Estes números serão considerados na definição da posição portuguesa no mecanismo europeu de solidariedade relativo à distribuição de refugiados. “Precisamos de mecanismos que, para serem credíveis, se apliquem às situações reais”, afirmou.