As obras para uma intervenção estrutural na Estrada Nacional 378, que liga Seixal a Sesimbra, devem arrancar no final do primeiro semestre de 2026, num investimento estimado de 20 milhões de euros, adiantou esta terça-feira a Infraestruturas de Portugal.

As fortes chuvas ocorridas em 13 de novembro, que provocaram várias ocorrências no país, inundaram a Estrada Nacional 378 (EN 378), que liga Seixal a Sesimbra, no distrito de Setúbal, afetando vários veículos.

No final de novembro, a Câmara do Seixal enviou uma exposição ao Governo e à Infraestruturas de Portugal a exigir medidas que melhorem a segurança de circulação na EN 378 e que minimizem os efeitos das chuvas.

A Infraestruturas de Portugal (IP) divulgou esta terça-feira que está a “ultimar os procedimentos necessários para o lançamento da intervenção estrutural na EN378, já em preparação há algum tempo, contemplando a reformulação integral do sistema de drenagem e a beneficiação do pavimento”.

“O lançamento do concurso está previsto para o início de 2026, com previsão de início das obras até ao final do primeiro semestre representando um investimento estimado de 20 milhões de euros”, pode ler-se, numa nota de imprensa.

A IP garantiu que está a acompanhar “de forma permanente” a situação na EN 378, sublinhando que as suas equipas técnicas estão no terreno “a monitorizar o estado da via e a implementar ações imediatas que visam garantir a segurança da circulação”.

Devido à chuva forte dos últimos dias, a IP divulgou que serão implementadas, a partir de quarta-feira, várias ações de reforço da segurança nesta via, em particular no troço mais afetado, entre o quilómetro 5,2 e o quilómetros 10,8, como a delimitação preventiva das bermas mais degradadas, incluindo instalação de rede plástica e colocação de sinalização adicional de perigo, reforçando a informação aos utilizadores.

Haverá também o aumento da vigilância através das Unidades Móveis de Inspeção e Apoio (UMIA) ao longo de toda a extensão do troço, visando fornecer apoio de proximidade aos utilizadores em situações que exijam assistência em estrada e a desobstrução da infraestrutura de drenagem junto ao quilómetros 7,7 com recurso a equipamento de alta pressão, devido à complexidade da zona e condicionamentos locais, seguida da reparação definitiva do pavimento com misturas betuminosas a quente.

Também será feito o reforço da sinalização de perigo, com novos sinais e painéis informativos adicionais e a monitorização diária pelas equipas de intervenção para limpeza da via e tapagem de covas que venham a ser detetadas, detalhou a IP.

Na sequência dos impactos provocados pela depressão Cláudia, a IP já tinha realizado uma limpeza intensiva da estrada (do quilómetro 5,2 ao quilómetros 10,8) ao longo de quatro dias, mobilizando diversos equipamentos especializados.

Foram igualmente efetuadas correções provisórias no pavimento, com aplicação de massas betuminosas a frio, incluindo na zona do quilómetro 7,7, acrescentou a mesma fonte.