De acordo com a agência Tass, o enviado especial de Trump “foi recebido pelo representante especial do presidente [Putin], Kirill Dmitriev”. Poucas horas depois, a agência Interfax confirmou, citando o Kremlin, que Steve Witkoff estava reunido com Vladimir Putin.
O enviado do presidente norte-americano já se reuniu com o presidente russo em algumas ocasiões, ainda que com resultados infrutíferos. Agora, a visita acontece num momento de tensão entre os dois países, já que Donald Trump anunciou a mobilização de dois submarinos nucleares para “zonas apropriadas” perto de território russo.
Também na última semana, o presidente norte-americano deu “10 ou 12 dias” à Rússia para cessar a incursão na Ucrânia, reduzindo expressivamente o prazo de 50 dias que tinha dado a Moscovo para evitar sanções de Washington.
Na antecâmara desta reunião, na terça-feira, Donald Trump afirmou que o resultado destas conversações seria determinante para definir os próximos passos dos Estados Unidos em relação a novas sanções a aplicar à Rússia ou a parceiros comerciais de Moscovo, incluindo a China e a Índia.
“Temos uma reunião com a Rússia amanhã. Vamos ver o que acontece. Tomaremos uma decisão nessa altura”, afirmou o presidente norte-americano.
Na terça-feira o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, pedia ao Ocidente que “aumentasse a pressão” sobre os lucros do petróleo russo. A Rússia “só procurará realmente pôr fim à guerra quando sentir pressão suficiente”, afirmou.
No mesmo dia em que Steve Witkoff chegou a Moscovo, também a Índia enviou um conselheiro do primeiro-ministro da Índia à capital russa. A visita de Ajit Doval, enviado de Narendra Modi, acontece após Washington ter ameaçado aumentar tarifas sobre Nova Deli devido à compra de petróleo russo.
O MNE indiano indicava na segunda-feira que que a pressão norte-americana sobre a compra de petróleo russo era “injustificada” e “irracional”.
Na quarta-feira, Andriy Yermak, chefe de gabinete presidencial, indicou que foram encontrados componentes da Índia em drones russos.