Economia

No balanço mais recente, a CGTP revelou que “mais de três milhões de trabalhadores”, num universo de cerca de 5,3 milhões, aderiram à Greve Geral desta quinta-feira. Outra é, porém, a perspetiva do Governo e da Confederação Empresarial de Portugal.

"Não há empresas paradas, a economia real está a funcionar", garante Confederação Empresarial

Horacio Villalobos/Getty Images

No dia da Greve Geral, a Confederação Empresarial de Portugal (CIP) assegura que “não há empresas paradas” e que “a economia real está a funcionar” na generalidade das empresas dos diferentes setores económicos.

“(…) as faltas de trabalhadores oscilam entre os 2% e os 3%” e “segundo as associações empresariais, as faltas devem-se mais a dificuldades com os transportes públicos, e ao encerramento de escolas, do que a adesões à greve geral”, sustenta a CIP, em comunicado enviado às redações.

O presidente do patrão dos patrões, não hesita em afirmar que: “A economia real está a funcionar em todo o país”.

A CIP refere que confirmou ainda, “junto de empresas e de associações dos diversos setores de atividade económica que representa, que hoje não há empresas paradas no país”.

“A ronda de contactos da CIP (…) abrangeu os setores da grande distribuição, do têxtil, do calçado, da agroindústria, da indústria farmacêutica e da hospitalização privada, indústria química, indústrias extrativas e centros comerciais, entre outros”, lê-se no comunicado, que acrescenta que “a maioria das poucas faltas registadas pelas empresas contactadas devem-se mais a dificuldades causadas pelos transportes públicos, ou pelo encerramento da escola dos filhos”, sublinha Armindo Monteiro.

Se a análise for feita setor a setor, segundo os dados recolhidos pela CIP, no setor do calçado, “o impacto da greve geral é muito marginal, inferior a 1%”, havendo duas exceções – empresas de capital estrangeiro – “que registaram taxas de adesão entre os 40% e 50%”.

Quanto aos resultados apurados pela Associação Têxtil e Vestuário (ATP) de Portugal, “98% das empresas tiveram zero adesões à greve” e nas restantes 2%, “as taxas de adesão variam entre 5 a 10% dos trabalhadores”.

Outros são, porém, os números apresentados pela CGTP ao início da tarde desta quinta-feira e que dão conta de uma forte adesão a rondar “mais de três milhões de trabalhadores” num universo de cerca de 5,3 milhões.