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A PSP confirma que foi, nas últimas horas, desde a noite de quarta-feira, acionada para várias situações em que teve de intervir junto de piquetes de greve que tentavam impedir pessoas de ir trabalhar. Só no Porto, na STCP, não bastou o diálogo e os grevistas tiveram, mesmo, de ser “retirados” – embora de forma “serena”, “sem uso da força”.
O esclarecimento foi dado à Rádio Observador por Sérgio Soares, subintendente da PSP, que sublinhou que “o direito à greve é um direito constitucionalmente consagrado e os trabalhadores são livres de o exercer sem qualquer condicionamento. Porém, qualquer trabalhador que queira ir trabalhar também tem o direito de o fazer sem qualquer condicionamento”.
E foi nesse contexto que, diz, “a PSP foi acionada para algumas ocorrências durante a noite de ontem, madrugada de hoje, no sentido de – sempre tentando pela via do diálogo resolver as situações – de forma equilibrada, tentar demover alguma situação que possa estar a pôr em causa a tranquilidade pública e o direito de alguém que não faz greve poder aceder ao seu local de trabalho”.
Em concreto, “houve, no final da noite em Braga, um piquete de greve que tentou impedir o acesso de trabalhadores a uma empresa. Foi na rua 25 de Abril e na rua Cidade do Porto, em Braga, em que a PSP foi chamada e essa situação foi resolvida com base no diálogo, sem qualquer incidente com gravidade”.
Já na zona de Lisboa, durante a madrugada, aconteceu o mesmo junto a instalações dos CTT, da Rodoviária Nacional, da Carris, da zona de Alverca (instalações do Pingo Doce) em que “alguns piquetes de greve tentaram impedir a entrada de trabalhadores”.
Com a chegada da PSP, houve a necessidade de intervenções, na maioria delas com o diálogo entre os nossos polícias e os piquetes de greve. Todas as situações foram resolvidas”, diz o subintendente da PSP.
No entanto, “no Porto, houve uma situação em que a PSP foi chamada para regularizar a normal entrada e saída de viaturas e aí houve necessidade de uma intervenção, já que através do diálogo não foi possível demover os grevistas”.
Mas foi tudo feito, garante Sérgio Soares, de forma “calma, serena”, sem “uso da força”: “os grevistas foram retirados pela PSP e passado alguns instantes foi novamente restabelecido o acesso dessas instalações”. Trata-se de um caso que aconteceu nas instalações da STCP, em Ramalde.