Comentador da TVI traçou a sua visão sobre um pacote laboral que tem coisas positivas e negativas

A greve geral marcou esta quinta-feira em Portugal, mas Miguel Sousa Tavares não notou especiais constrangimentos.

O comentador da TVI estava em Lisboa e foi a uma estação de serviço, a uma pastelaria, a uma farmácia, a um hotel e a um restaurante e estava “tudo igual”. A caminho de Queluz de Baixo notou “um bocadinho mais de trânsito”, o que atribui ao maior número de carros na estrada motivado pela paralisação nos transportes.

“A minha conclusão resulta da perceção é que a Função Pública fez greve maciçamente e quem não tem como patrão o Estado não fez greve, trabalhou, o que é normal”, afirmou.

Miguel Sousa Tavares lembrou mesmo o caso da CP, onde os sindicatos anteciparam a greve para quarta-feira e a estenderam até sexta-feira, realizando três dias seguidos de paralisação.

“A CP é a empresa pública é a empresa pública que faz mais greves no país e os professores, que adoram fazer greves antes do fim de semana, continuam amanhã para ter quatro dias de fim de semana”, acrescentou, sublinhando que, no seu entender, é algo que cai mal na opinião pública.

Num olhar geral, Miguel Sousa Tavares vê “toda a força” da greve na UGT, mais próxima do centro político, mas isso não quer dizer que a guerra tenha sido ganha.

O comentador da TVI lembra que houve acusações de “retrocesso civilizacional”, mas sublinha que muitas das alegações são falsas, nomeadamente as da possibilidade de despedimentos sem justa causa.

“O que esta nova lei pretende fazer é que o patrão diga ‘não, eu não reintegro, eu indemnizo para que ele não volte’. Isto é facilmente entendível”, frisou, defendendo que isso permite um melhor ambiente nas empresas, ainda que existam medidas que são “contra os trabalhadores”.

No geral, e para Miguel Sousa Tavares, esta reforma laboral acaba por ser equilibrada entre medidas positivas e negativas.