Bryan Stern, veterano de guerra norte-americano, retirou María Corina Machado da Venezuela e levou-a até Oslo para receber o Prémio Nobel da Paz. Garante que não foi contratado por Donald Trump.

epa12444140 (FILE) Maria Corina Machado participates in a public event in support of Edmundo Gonzalez Urrutia (not pictured), the presidential candidate of the main opposition coalition, the Democratic Unitary Platform (PUD), in Caracas, Venezuela, 31 May 2024 (reissued 10 October 2025). The Norwegian Nobel Committee has announced at the Norwegian Nobel Institute in Oslo, Norway, 10 October 2025, to award the Nobel Peace Prize for 2025 to Venezuelan opposition leader Maria Corina Machado. EPA/RONALD PENA R.

Bryan Stern, um veterano de guerra norte-americano que retirou María Corina Machado da Venezuela por mar, recomendou à líder da oposição venezuelana que não regressasse ao país e garantiu não ter sido contratado pela Casa Branca.

O fundador do grupo Grey Bull Rescue, com sede em Tampa (Flórida), disse ao canal CBS que se encontrou com Corina Machado em alto mar e conseguiu levá-la para um local secreto nas Caraíbas, de onde a opositora venezuelana embarcou num avião com destino a Oslo para receber, na passada quarta-feira, o Prémio Nobel da Paz e reunir-se com a família.

“Foi perigoso. Foi assustador. As condições do mar eram ideais para nós, mas não eram águas onde se quisesse estar. Quanto mais altas as ondas, mais difícil é para o radar ver. É assim que funciona”, disse Stern.

O ex-militar reconheceu que “ninguém gostou da viagem, especialmente María!”.

Stern sublinhou ao canal que a Grey Bull não atua com fundos governamentais. “O Governo dos Estados Unidos não contribuiu com um único centavo, pelo menos que eu saiba”, afirmou.

“Eu sou o profissional especializado em extrações e nunca fui contratado por Donald Trump”, afirmou, negando versões que ligam o resgate ao círculo do Presidente dos Estados Unidos.

O veterano de guerra negou que a recolha tenha sido em Curaçao, assim como evitou falar a parte da operação em terra. “Ainda temos trabalho na Venezuela e não queremos colocar em risco as pessoas, fontes ou métodos envolvidos”, justificou.

Quando se juntou a María Corina Machado, disse Stern, “estavam todos encharcados”.

“A minha equipa e eu estávamos completamente molhados. Ela também estava com frio e molhada. Foi uma viagem muito difícil”, disse Stern, que destacou que a Prémio Nobel da Paz é a pessoa de maior destaque que já resgatou.