Pedro Lemos, Chef do ano 2025, Ana Moura, António Bóia, Diogo Rocha, João Rodrigues, José Avillez, Lídia Brás, Octávio Freitas, Ricardo Costa, Rodrigo Castelo, Rui Paula e Vítor Sobral são os chefs portugueses desafiados pelo guia “365 Tascas & Marisqueiras”para revelarem os locais preferidos para um copo e um petisco. A lista de sugestões é complementada por sugestões de marisqueiras. De norte a sul, celebre-se a cozinha popular em ambiente descontraído.

Já nas bancas, o novo guia “365 Tascas & Marisqueiras” (€16,90), que conta com o apoio do Recheio, está também disponível na loja online, com desconto para assinantes do Expresso e oferta de portes, ou através do Apoio ao Cliente Impresa (Tel. 214698801).

Adega Rio Douro

Pedro Lemos, o Chef do Ano 2025 e responsável pelo premiado restaurante homónimo no Porto, escolhe para petiscar a Adega Rio Douro, na cidade Invicta: “Os petiscos servidos à tarde são qualquer coisa de fenomenal. Era uma antiga casa de fados, e a dona Piedade ainda canta na cozinha e ao balcão. Come-se Bacalhau frito, fígado ou bucho, que já são raros de encontrar”, explica. A Cervejaria Gazela, também no Porto, é outra das escolhas: “Sou sempre muito feliz lá. Gosto, não só do Cachorrinho, como gosto dos outros petiscos que fazem muito bem”. Pedro Lemos sugere ainda o Castro de S. Paio, em Labruge (Vila do Conde), pela “localização, em cima das rochas, pelo marisco local e os peixes fritos, que são espectaculares”.

Sandes de pernil, cachorrinhos e moelas

A chef Lídia Brás, responsável pelos restaurantes Stramuntana e Proua, em Vila Nova de Gaia, sempre que pode, opta pela Lura Taberna, em Baião: “Pelo ambiente familiar é um daqueles sítios onde nos sentimos bem acolhidos”, destacando o Arroz de aba, que classifica como “um petisquinho bom”. A cozinheira transmontana aconselha ainda Taberna do Carró, em Torre de Moncorvo, por gostar de comida “confecionada à lareira” e pela qualidade da Amêndoa coberta.

Ricardo Costa, do The Yeatman, em Vila Nova de Gaia, igualmente Garfo de Platina, no guia Boa Cama Boa Mesa 2025, escolhe o Snack-bar Offline,em Vila Nova de Gaia, por ser “o sítio onde vou petiscar depois do trabalho. Adoro pedir o prego e um bom fino ou um copo de vinho a acompanhar”. A Cervejaria Márito, na Gafanha da Nazaré, no concelho de Ílhavo, é outras das escolhas, do chef aveirense: “É um snack-bar junto à praia da Barra e sendo um dos locais da minha infância. É lá que vou no final de um dia de praia comer caranguejos e moelas, sempre um fino gelado”. Ricardo Costa termina as sugestões com a cervejaria Rossio – O Augusto, em Aveiro: “No centro da minha cidade está aberta há mais de 50 anos. Tem um balcão onde adoro ir comer percebes da costa, caldo verde ou prego no prato com batatas fritas às rodelas”.

A partir da Casa de Chá da Boa Nova, em Leça da Palmeira, Rui Paula, premiado com Garfo de Platina, opta pela Casa Guedes, no Porto, pelas “Sandes de pernil e pelo vinho Espadeiro”. O espaço original da Cervejaria Gazela, na Batalha, é também local de peregrinação do chef: “Obviamente por causa do cachorrinho. É algo que ocasionalmente me dá saudades de comer e lá vou. Até tenho um prato na Time Out Market Porto baseado nestes cachorrinhos”, confessa. Termina a lista de sugestões com a Tasca da Badalhoca, no Porto, por servir ”uma sandes de presunto maravilhosa. Simples e sem qualquer segredo. É pão com presunto, mas sabe-me sempre bem”.

Ovos verdes, iscas e melhor prego do mundo

Prego do lombo no Chapa 7, em Santarém

O chef Diogo Rocha, do Mesa de Lemos, em Viseu, distinguido com Garfo de Ouro, escolhe o Senta Aí – Vinhos e Petiscos, em Nelas, por ser “um espaço onde se vai informalmente beber um copo de vinho e comer petiscos, como Bacalhau frito, Ovos verdes ou Iscas”. O Escondidinho, em Canas de Senhorim, é outro dos locais preferidos: “É um tasco, mas também restaurante, onde se come uma boa Dobrada, Pica-pau e Moelas, acompanhados por taças de vinho”. Termina a lista de preferências com o Café Figueiredo, em Viseu: “É uma verdadeira tasca e só serve dois pratos, muito bem feitos, o Bacalhau à lagareiro e o Cabrito assado na brasa”.

Rodrigo Castelo, do restaurante Ò Balcão, em Santarém, Garfo de Ouro, gosta de petiscar no vizinho Café Portugal: “O proprietário cozinha muito bem, mas só faz petiscos, como orelha e rins. É um local onde consigo sempre petiscar com variedade e com qualidade”. Ainda em Santarém, o chef ribatejano, elogia a Taberna do Quinzena, um clássico da restauração da cidade, com ”muita comida boa”, destacando os Nacos avinhados de toiro bravo, o ótimo Mangusto, o Bacalhau assado. “Gosto também do fígado grelhado, só com azeite e alho”, explicita, acrescentando à lista, o Chapa 7, pela ”qualidade e confeção do marisco”, mas também por ter “o melhor Prego do mundo”.

Bacalhau com grão e Cebola com sal e vinagre

Zé da Mouraria

José Avillez, que lidera o grupo José Avillez, com destaque para o premiado restaurante Belcanto, distinguido com Garfo de Platina, sugere o Zé da Mouraria: “No coração do bairro lisboeta da Mouraria é uma das últimas verdadeiras tascas da cidade. Serve um Bacalhau com grão extraordinário”. O Velho Eurico, também em Lisboa é outra escolha, destacando o facto de ser “comandado por um cozinheiro da nova geração e com uma equipa muito jovem”, e ter “ambiente alegre e uma cozinha despretensiosa”. O chef faz ainda questão de nomear a Taberna no Bairro do Avillez: “Sempre gostei de tascas e a Taberna é a minha tasca. Tem uma cozinha autêntica, simples, cheia de sabor e um ambiente descontraído”.

Fundador do Projecto Matéria e chef do popular Canalha, em Lisboa, João Rodrigues viaja, de norte a sul, em busca de locais emblemáticos e que sugere para quem procura petiscos e cozinha popular. Começa pela Casa Ventura, em Amarante, que serve “uma uma Canja” de morrer”. Aprecia ainda o Frango de cabidela, do Cabrito de caldeirada, da Cebola com sal e vinagre e do “Ambrósio, o bolo folhado”. Na região Centro destaca a Taberna do Manelvina. Localizada em Salir de Matos, nas Caldas da Rainha, é uma casa inspirada na Festa Brava, com uma cabeça de toiro no centro da decoração: “Gosto do ambiente castiço e da carne”, resume. Escolhe ainda O Bejinha, em Sines, onde aprecia o “peixe grelhado maravilhoso, principalmente as sardinhas e as lulas, sempre frescas”.

Sandes de leitão, enchidos e Cozido à portuguesa

Tasquinha do Fumo

Vitor Sobral, que lidera a Tasca da Esquina e o recente Carvoaria, ambos em Lisboa, revela que gosta de ir a Baião comer n’A Tasquinha do Fumo: “Tem um Cozido à portuguesa único e uma diversidade de enchidos riquíssimos”. Na lista de preferências do cozinheiro está também a Taberna Abricoque, “um dos lugares em que sou mais feliz à mesa em Lisboa. Admiro o trabalho do Bertílio Gomes e a diversidade gastronómica da sua ementa”, explica. O espaço Gadanha – Mercearia & Restaurante, em Estremoz, é também poiso para Vítor Sobral, que elogia a “cozinha criativa sem perder a influência alentejana” e ainda pela “oferta de sobremesas de nível superior”, da autoria da chef brasileira Michele Marques.

António Boia, chef executivo dos restaurantes JNcQUOI revela que vai à Tendinha do Rossio por ser “a mais antiga taberna de Lisboa”. Escolhe também o espaço Leitão & Companhia, em Fátima: “Aquilo é estrondoso. Fazem-se romarias para comer a sandes de leitão, sempre acompanhadas com um copo de espumante. Se vier do Norte, telefone, para garantir uma, porque senão, já não há”, alerta o cozinheiro. O Sapo, nos arredores de Penafiel, é outro restaurante frequentado pelos ”bons petiscos, como as moelas e, por vezes, as morcelas”.

Papas de sarrabulho e Gaiado

Papas de sarrabulho no restaurante Stramuntana, em Vila Nova de Gaia

Ana Moura, do Lamelas, em Porto Covo, sugere o lisboeta O Velho Eurico, tasca onde confessa gostar “de quase tudo”. Ainda assim, destaca o Pastel de leitão, o coelho e lula”. Também na capital, a chef, que trocou Lisboa pelo Alentejo, elogia o Vida de Tasca, pelo “trabalho de recuperação de receitas antigas, pela comida de conforto, e pela coragem de assumir o tradicional português”. A fechar a lista de sugestões, Ana Moura aponta a norte para eleger o Stramuntana, em Vila Nova de Gaia: “Não sendo uma tasca, comi lá um prato tasqueiro, as Papas de sarrabulho, de que nunca mais me esqueci e com as quais ainda sonho”.

Octávio Freitas, responsável do restaurante Desarma, na Madeira, distinguido pela primeira vez com Garfo de Prata, sugere o Bar Os Castrinhos, no Funchal: “São dois irmãos com orgulho em continuarem com o negócio dos pais. Gosto dos Filetes de espada com cebolada e do Gaiado, entre outros pratos servidos”. O chef frequenta ainda A Poita, na Madalena do Mar, “um espaço familiar, em que mãe e filha estão na cozinha, e o pai compra o peixe diretamente aos pescadores. É um daqueles tesourinhos que ainda existem no país”, conclui.

O guia “365 Tascas & Marisqueiras” desafiou 12 chefs nacionais para listarem os restaurantes preferidos para petiscar. De norte a sul conheça os locais onde os principais cozinheiros portugueses fazem uma escapadinha em dia de folga, ou até se inspiram para pratos de alta cozinha.

Estas sugestões constam do guia “365 Tascas & Marisqueiras” (€16,90) que conta com o apoio do Recheio. Encomende já o seu exemplar na loja online, com desconto para assinantes do Expresso e oferta de portes, ou através do Apoio ao Cliente Impresa (Tel. 214698801).