O Gevora, no Dubai, foi destronado a 15 de novembro e já não é o hotel mais alto do mundo. Agora, esse título pertence ao Ciel Marina, que fica na mesma cidade. O empreendimento tem 377 metros de altura e 82 pisos.
O projeto foi desenvolvido pela promotora imobiliária The First Group e é operado pela IHG Hotels & Resorts, através da marca Vignette Collection, que se posiciona, claro, no segmento de luxo dentro da hotelaria. A oferta inclui 1004 quartos e suites, todos com janelas do chão até ao teto, e foi concebido para funcionar exclusivamente como unidade hoteleira, sem componentes residenciais ou de escritórios.
A arquitetura é da responsabilidade do NORR Group, com o arquitecto Yahya Jan como principal responsável pelo desenho. A forma esguia da torre resulta, em grande parte, das características do terreno, cuja área limitada obrigou a uma solução vertical. O topo do edifício integra um buraco retangular, que responde a exigências técnicas relacionadas com o vento e a estabilidade do edifício, ao mesmo tempo que permite a criação de espaços exteriores e áreas comuns em cotas elevadas.
O hotel dispõe de oito restaurantes e bares, três piscinas exteriores, um spa e centro de fitness, além de um observatório panorâmico. O principal destaque é a piscina infinita situada no 76.º andar, uma das piscinas exteriores mais altas do mundo. Os hóspedes têm ainda acesso ao Soluna Beach Club, na Palm Jumeirah, incluído na experiência do hotel.
O desenvolvimento do Ciel Dubai Marina passou por várias alterações ao longo do processo. O facto de se ter tornado o hotel mais alto do mundo não fazia parte do plano inicial. Em entrevistas à CNN, Rob Burns, diretor-geral da The First Group, explicou que o recorde foi uma consequência da evolução do projeto e não um objetivo definido desde o início.
“Sabíamos que queríamos construir algo espetacular, mas certamente não planeámos construir o hotel mais alto do mundo”, afirmou. Segundo o responsável, a altura final resultou de decisões sucessivas relacionadas com o aproveitamento do terreno, o desenho arquitetónico e a ambição de criar um edifício distintivo na linha da frente da Marina.
Também o arquiteto Yahya Jan, do NORR Group, descreveu o projeto como particularmente exigente do ponto de vista técnico, sublinhando que as limitações do lote influenciaram a escala final do edifício. No entanto, está ciente de que “os projetos mais desafiantes são muitas vezes aqueles que conduzem aos resultados mais fortes”. Foi isso mesmo que aconteceu com o Ciel que já entrou no Livro de Recordes do Guinness.
Antes mesmo da sua conclusão, o Ciel Dubai Marina foi distinguido com vários International Property Awards, nomeadamente nas categorias de arquitetura hoteleira e arranha-céus na região árabe. A The First Group descreve-o como o maior e mais ambicioso projeto da empresa até à data, embora o valor total do investimento não tenha sido divulgado publicamente.
O interior é igualmente luxuoso
No interior, o Ciel Dubai Marina segue uma linha de design contemporâneo e pensada para valorizar a vista para a cidade e mar. Tanto o lobby como as áreas comuns e os quartos foram concebidos para maximizar a entrada de luz natural, com janelas do chão ao teto em todo o hotel. Segundo o site do empreendimento, houve uma aposta em materiais como pedra, madeira e metais.
A entrada também apresenta um pé-direito elevado e uma atmosfera ampla e, acima de tudo, luminosa. O espaço foi pensado para acomodar grandes fluxos de hóspedes, visto que disponibiliza 1.004 quartos e suites — todos com vistas panorâmicas sobre a Marina, a Palm Jumeirah ou o Golfo Pérsico. Já as habitações seguem uma estética minimalista com cores neutras, deixando que a paisagem seja o principal elemento visual.
“Acho que mil quartos são definitivamente um desafio. E sabíamos disso quando começámos”, diz Rob Burns à CNN. Ainda assim, garante que estão “muito otimistas em relação ao mercado hoteleiro” e que vai ser impossível os hóspedes não se apaixonarem pelas “vistas de 360 graus, quartos maravilhosos, comodidades e instalações”.
O Ciel Marina tem ainda três piscinas exteriores, uma das quais é a infinita situada no 76.º piso. Dispõe igualmente de um ginásio aberto 24 horas, para aqueles que gostam de treinar mesmo quando estão de férias. Outro serviço que ali vai encontrar é o spa, localizado no 61.º piso, mas que apenas será inaugurado em 2026.
Na restauração, o Ciel Dubai Marina conta com oito restaurantes e bares, distribuídos por vários pisos. Um dos principais destaques é o Tattu Dubai, um conceito gastronómico de inspiração asiática contemporânea que ocupa vários níveis do edifício. Inclui um restaurante no 74.º piso, focado em cozinha asiática moderna, uma sky pool no 76.º piso com oferta de refeições ligeiras e lounge, e um bar no 81.º piso dedicado a cocktails.
O hotel integra ainda o West 13, restaurante com foco na cozinha mediterrânica, que reúne influências da Itália, Grécia, Espanha e América Latina, com pratos como massas artesanais, peixe fresco, mezze e opções grelhadas. Já o East 14 aposta numa abordagem pan-asiática, com estações de buffet e cozinha ao vivo, incluindo sushi, ramen, dim sum e pratos inspirados na culinária indiana.
Para quem procura uma oferta mais informal, o Risen funciona como café e padaria artesanal, servindo café, pastelaria e refeições ligeiras ao longo do dia. Junto à zona da piscina, o Nuage tem um conceito igualmente descontraído, com saladas, hambúrgueres e pratos simples.
As reservas podem ser feitas online. Uma noite em janeiro custa no mínimo 693€ por pessoa.
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