O atentado deste domingo numa festa judaica na praia australiana de Bondi, em Sydney, que fez, pelo menos, 12 mortos, é o mais recente de vários ataques contra judeus no mundo na última década. Na sua maioria, os ataques aconteceram em sinagogas.
A 14 de fevereiro de 2015, um jovem, alegadamente islamita e que acabou por ser morto pelas autoridades, matou uma pessoa num centro cultural e outra numa sinagoga de um bairro multicultural, em Copenhaga, Dinamarca, causando ainda vários feridos. Na altura, o Expresso deu conta do atentado num texto intitulado “O mistério de Copenhaga”.
A 27 de outubro de 2018, um supremacista branco matou 11 pessoas numa sinagoga em Pittsburgh, no estado norte-americano da Pensilvânia. Na altura, o Expresso escreveu que o enfermeiro que tratou o atirador da sinagoga de Pittsburgh diz que não viu “mal” nos seus olhos.
Também nos Estados Unidos da América (EUA), um jovem de 19 anos, que deixou escrito um manifesto antissemita nas redes sociais, matou, a 27 de abril de 2019, uma pessoa numa sinagoga em Poway, próxima da cidade californiana de San Diego.
Em 09 de outubro do mesmo ano, um alemão de extrema-direita abriu fogo perto de uma sinagoga em Halle, no leste da Alemanha, e matou duas pessoas. Na altura, Israel classificou o atentado como uma consequência do antissimitismo europeu.
Já a 10 de maio de 2023, dois peregrinos e três agentes de segurança morreram e outras oito pessoas ficaram feridas num ataque de um elemento da Guarda Nacional da Tunísia, que acabou abatido, perto de uma sinagoga na ilha tunisina de Djerba.
Alguns meses depois, a 02 de outubro de 2025, um cidadão britânico de origem síria atropelou e apunhalou várias pessoas no exterior de uma sinagoga na cidade inglesa de Manchester. Aconteceu na altura da festa do Yom Kippur, causando, pelo menos, dois mortos. O agressor tinha 35 anos, era britânico de origem síria, e foi abatido.
A década ficou ainda marcada pelo ataque de 07 de outubro de 2023 do Hamas em Israel, que causou 1.200 mortos e que, assinala a agência notícia EFE, se enquadra mais no conflito israelo-palestiniano do que em atos antissemitas.
Até então, a agressão mais grave contra a comunidade judaica ocorrera em 1994, em Buenos Aires, Argentina, quando um carro-bomba explodiu perto da Associação Mutual Israelita Argentina, matando 85 pessoas e ferindo mais de 200. Em 2019 a Argentina declarou o Hezbollah um grupo terrorista e recebeu o apoio dos Estados Unidos.