José Raposo esteve no “Estamos em Casa”, da SIC, e começou por destacar que o Natal é “uma festa diferente, porque se revêem uma série de pessoas que normalmente não se vê durante o ano, tudo aquilo que a gente sabe”.

“Tenho várias casas. No dia 24 e 25 dividimo-nos entre os dois dias, umas vezes assim, outra vezes de noutra maneira, consoante o que se combina na altura. Fico com uma parte da família num dia e outra parte da família noutro dia. É muita gente, de facto. São famílias grandes. Quando há famílias grandes é a única altura em que toda a gente se reúne. Gosto mais por isso”, explicou de seguida o ator ao revelar detalhes de como é vivida esta época festiva em sua casa. 

“E porque as crianças recebem muitas prendas e é maravilhoso vê-las ao saltos, todas contentes. Para mim é sobretudo isso”, acrescentou. 

José Raposo tem ainda uma ‘tradição’ em que todos os anos convida alguém para passar o Natal com a sua família. “Levo pessoas, sempre que posso, principalmente pessoas que vivem sozinhas ou que pela idade estão ‘abandonadas’. A história da agregação para mim é muito importante. Este ano, por exemplo, penso que vou ter lá mais alguém em casa a partilhar a festa familiar. São pessoas, no fundo, a quem lhes falta isso mesmo, a família, esse convívio.”

“Na Casa do Artista fazemos o jantar de Natal na segunda-feira, dia 15 de dezembro, com os residentes e os seus familiares, e funcionários também. É um Natal também muito especial, o da Casa do Artista. Muitos desses residentes são essas pessoas que não têm mais ninguém, e fazemos esse convívio”, acrescentou. 

Sobre as crianças lá em casa, disse: “Sou uma espécie de pai-avó, o que é giro é misturar tudo isto, os meus netos, a minha filha, que têm uma diferença curta de idades entre eles. A Lua tem seis anos e o Noah e o Matias têm 8 e 9. A tia é mais nova que os sobrinhos. Estamos juntos, é o que interessa. É um convívio maravilhoso porque é uma junção de amor, que para mim é o que me interessa.”

“Tenho esse privilégio de ter estas crianças à minha volta”, continuou, recordando depois os Natais da sua infância. 

“Temos sempre aquelas recordações de infância, e os meus avós paternos, que são do Cartaxo, têm uma casa onde ainda hoje vive a minha mãe. Uma casa antiga onde se reunia muita gente e tinha esse aspeto de ser uma coisa mais rústica, onde a minha avó paterna fazia o pão. Ainda lá tem o forno onde ela fazia o pão, as filhoses. Era tudo muito caseiro, cheirava muito a lenha, felizmente, era maravilhoso. Há essas recordações.”

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