Problema atrás de problema. Pedro Gonçalves recuperou, recentemente, de uma lesão na coxa direita, mas uma recaída está a tramar os planos do internacional português. Voltam, assim, a soar os alarmes no Sporting.
Pote já havia estado fora dos relvados durante o passado mês de novembro e, quando se pensava que o seu regresso ia aliviar as dores de cabeça de Rui Borges, eis que saiu tudo ao contrário, de tal forma que as previsões mais animadoras só estão apontadas para… 2026.
Três semanas após ter sido substituído, no dramático triunfo do Sporting, nos Açores, diante do Santa Clara (1-2), Pedro Gonçalves, recorde-se, voltou a jogar de leão ao peito no passado dia 30 de novembro, com um contributo na última meia hora da goleada frente ao Estrela da Amadora (4-0).
Seguiu-se o dérbi na Luz, marcado pelo empate frente ao Benfica (1-1), há pouco mais de uma semana, com o criativo leonino a ser crucial ao marcar o golo madrugador da sua equipa, tendo sido rendido ao fim de uma hora de jogo. Depois disso, ficou de fora dos jogos diante de Bayern Munique e AVS, na Liga dos Campeões e na I Liga, respetivamente.
11.º travão em meia dúzia de épocas
Desde que trocou o Famalicão pelo Sporting, Pedro Gonçalves tem enfrentado uma média de praticamente duas paragens por época, uma vez que se encontra perante o 11.º travão no decorrer da sua sexta temporada consecutiva em Alvalade. Esta época, já é o segundo, quando ainda nem a meio do percurso vamos.
A única temporada que não gerou quaisquer dores de cabeça no capítulo físico foi a de 2022/23, precisamente, aquela em que bateu o recorde de jogos de leão ao peito (51 jogos, com 20 golos e 13 assistências), de acordo com dados fornecidos pelo portal Transfermarkt. De resto, o internacional luso tem enfrentado sempre entre duas a três paragens por temporada.
Pedro Gonçalves não é o único problema
Tudo acontece numa altura em que o boletim clínico do Sporting tem crescido a olhos vistos, uma vez que, às velhas ausências de Nuno Santos, Zeno Debast e Daniel Bragança, juntaram-se as mais recentes lesões de Geovany Quenda e Francisco Trincão, a dramatizar o capítulo ofensivo leonino.
Se as coisas já não estão famosas sem Pedro Gonçalves, pior ficarão daqui em diante, com a partida de Geny Catamo para o Campeonato Africano das Nações (CAN), onde representará a seleção de Moçambique, nas próximas semanas.
Um Pote de ouro parece começar, assim, a deixar à tona vestígios de prata, dado o momento instável físico que atravessa. Será 2026 um ano diferente para Pedro Gonçalves? A seu tempo saberemos.

Sem Geovany Quenda, Geny Catamo e Pote, e com Francisco Trincão em dificuldades, Rui Borges terá de improvisar para compor a frente de ataque do Sporting, pelo menos, naquilo que resta de dezembro.
Carlos Pereira Fernandes | 07:38 – 11/12/2025