Numa entrevista sem tabus, Bruno Fernandes apontou à conquista do Mundial 2026 e comentou a continuidade de Cristiano Ronaldo na Seleção, em declarações ao Canal 11.
«Não temos de nos prender só porque o Cristiano Ronaldo está em campo. Ele arrasta marcações e cria espaços. O Gonçalo Ramos é forte na pressão e nos movimentos diagonais. Todos os jogadores acrescentam e têm as suas caraterísticas. Devemos conhecer o perfil de cada um, para que a Seleção saia a ganhar.»
«Eu e o Bernardo temos um impacto muito grande, pela qualidade, inteligência tática e experiência. O Bernardo é muito inteligente, sabe o que os outros têm de fazer. No Mundial de 2022 falava-se desta nossa dinâmica. Eu quero jogar no Mundial 2026, mas se tiver de ficar no banco para sermos campeões, assino duas vezes por baixo.»
«Temos o sonho de ganhar o Mundial e essa responsabilidade é positiva. Devemos fechar o grupo e perceber por onde melhorar, e entender que o Mundial não vai ser perfeito. Sei que estamos preparados para conseguir uma campanha importante e que dignifique o país.»
«O que criamos fora de campo é mais importante, porque são laços que nos permitem pensar no companheiro. Mas ninguém vai notar, porque são detalhes. Fora do campo jogamos cartas, setas, bilhar e ao “O Lobo”, somos 17 ou 18. Cria-se uma dinâmica bonita. Entre as 10h30 e as 13h temos tempo para jogar cartas. Ninguém vai para os quartos.»
Questionado sobre o elo com João Neves, o médio do Manchester United recordou o livre marcado pelo médio do PSG frente à Arménia, no Estádio do Dragão, na qualificação para o Mundial 2026.
«Gosto muito do João Neves porque soube entrar para a Seleção. Revejo-me nele, passei pelo mesmo – tinha Bruno Alves, Beto, Coentrão, Pepe, Rui Patrício, para quem olhava como referências. Na primeira vez que o Cristiano falou para mim, até estranhei. Ou seja, tento acolher o João Neves. O Beto foi essa figura para mim, ele era muito respeitado no seio da Seleção. Também o Bruno Alves e o José Fonte.»
«Golo à Arménia? Treinámos os livres, eu era o batedor porque o Cristiano não estava. Eu tinha prometido ao João Neves que o deixaria bater. Naquele momento pensei na pessoa que é e ele merece a confiança. E ele sabe bater. Ele só me perguntou uma vez e fez um golaço. Não há nada que ele não consiga fazer. Tenho um carinho especial pelo João Neves.»