Por Pedro Zambarda, editor-chefe.

Clair Obscur: Expedition 33, da Sandfall Interactive e a publisher Kepler Interactive, é a sensação de 2025. Venceu nove premiações no The Game Awards 2025, o TGA, o Oscar dos Games: Melhor Direção, Melhor Narrativa, Melhor RPG, Melhor música e trilha, Melhor Estreia Independente, Melhor Direção de Arte, Melhor Jogo Indie e Jogo do Ano.

Ao New York Times, a equipe de ex-Ubisoft afirmou que o game de RPG a la Final Fantasy na França custou menos de US$ 10 milhões. Uma teoria da conspriação dava conta que o game foi criado por apenas 33 pessoas, assim como a Expedição 33 do título. Essa informação não é verdadeira. Contando funcionários terceirizados, os responsáveis pelo enorme sucesso, passando The Last of Us, são uma equipe de 150 pessoas.

É um grande sucesso de cinco milhões de cópias vendidas. Elogiado pelo presidente da França, Emmanuel Macron.

Com essas informações em mente, o game que mistura arte, pintura, uma Europa decadente numa bella époque dark fantasy, Clair Obscur vencer Blue Prince na categoria indie é um tapa na cara da sociedade.

O TGA distorceu o conceito de game independente. Tirou a premiação de um game indicado e desenvolvido por apenas uma pessoa.

Entre os círculos de desenvolvimento, fala-se que o conceito de indie está ultrapassado. Que ele significa apenas “desenvolvedor pobre”. E se perguntam o que se encaixa no Triple A.

No fim, indie é um processo. E o resto é indústria.

E esses prêmios de Clair Obscur simultâneos são um desafio à inteligência.

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