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Publicado a 07/08/2025 – 8:18 GMT+2
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O Governo português decidiu prolongar a situação de alerta devido ao tempo quente até ao dia 13 de agosto. O anúncio foi feito pela ministra da Administração Interna, após o Conselho de Ministros.

“Decidimos renovar a situação de alerta até 13 de agosto”, declarou a ministra Maria Lúcia Amaral.

Esta situação de alerta – que começou no último domingo e deveria ter terminado esta quinta-feira – vai vigorar nos mesmo termos. Vai também manter-se o dispositivo de combate aos incêndios ao nível da mobilização dos meios e dos operacionais.

A ministra deu duas razões para este prolongamento: porque “a vigência da situação de alerta contribuiu para uma redução do número de ignições” e porque se “prevê, mais uma vez, um agravamento das situações climatéricas para os próximos dias”.

Segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), as temperaturas máximas vão subir no próximo fim-de-semana, mantendo-se elevadas até segunda-feira, com os termómetros a variar entre os 30 e os 38 graus na maioria do território.

Na quarta-feira, o satélite do Copernicus mostrava 2625 hectares de área ardida no incêndio de Vila Real.

Estado de alerta

Durante o estado de alerta são tomadas “medidas excecionais” como a proibição de queimadas, a utilização de fogo de artifício e outros artefactos pirotécnicos. Todas as licenças anteriormente atribuídas para estas atividades são agora suspensas.

Não é permitido o acesso, circulação e permanência no interior dos espaços florestais. Os trabalhos com maquinaria nos espaços florestais e em áreas rurais que representem risco de ignição estão também proibidos.

Também é acionado um reforço do dispositivo operacional de combate aos incêndios rurais, com uma “elevação do grau de prontidão e resposta da GNR, PSP, bombeiros e Forças Armadas” e da “mobilização de sapadores florestais, agentes florestais e vigilantes da natureza”.

Outras medidas

O Conselho de Ministros também aprovou outras medidas de combate aos incêndios, incluindo o “agravamento do quadro sancionatório”. Uma decisão que vai estar “refletida na lei de política criminal para o biénio 2025-2027”.

“O chamado crime de incêndio florestal causa grave dano comunitário e, por isso, deve ter nesta lei de política criminal uma consideração especial, nomeadamente quanto à prioridade que deve ser dada na sua investigação”, justificou a ministra da Administração Interna.

As Forças Armadas foram autorizadas a comprar dois kits de combate aos incêndios que vão ser instalados nos aviões C-130.

País continua a arder

Ao fim da tarde desta quinta-feira havia cerca de 211 incêndios no país. Mais de dois mil bombeiros estavam no terreno a combater as chamas, auxiliados por 586 viaturas e 13 aeronaves.

O incêndio de Vila Pouca de Aguiar, no Concelho de Vila Real, no norte do país, é o que provoca mais preocupação. As chamas avançam na Serra do Alvão, impulsionadas pelo vento forte. Os difíceis acesso estão também a dificultar o trabalho dos bombeiros.

O fogo chegou a ameaçar algumas habitações e destruir uma casa devoluta. Segundo a RTP, bombeiro ficou ferido.

Vila Real tem sido o distrito mais afetado pelos fogos, ao longo da última semana. O incêndio de Sirarelhos chegou a ter várias frentes e a ameaçar várias aldeias. No local mantêm-se ainda cerca de 280 operacionais, apesar de estar já em fase de resolução.