Quando se fala em baterista lendário, a conversa normalmente vai para os mesmos nomes: Bonham, Peart, essas figurinhas carimbadas. Só que o Phil Collins, que também é baterista antes de qualquer outra coisa, já colocou um cara num pedestal bem específico, e não foi alguém óbvio para quem vive só de “clássicos da rádio”.
Genesis – Mais Novidades
Foto: Reprodução – AZ Of
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Ele comentou em conversa com a Louder que o Genesis acompanhava o que o Yes fazia e que, mesmo sendo bandas bem diferentes, havia influência ali. E aí veio o recorte dele: “Especialmente Bill Bruford, que não soava como nenhum outro baterista de rock naquela época.”
Na mesma fala, relembrada pela Far Out, Collins ainda matou o clichê da “rivalidade obrigatória” entre bandas do período: “Não tinha rivalidade com eles. Tinha espaço de sobra para todo mundo naquela época.”
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Bruford é daqueles músicos que você reconhece pelo jeito de tocar, pela escolha de onde ele coloca a batida, pelo espaço que ele deixa. Ele tocou no Yes numa fase decisiva (pensa em “Close to the Edge”) e depois foi para o King Crimson, ou seja, sempre em banda que exigia leitura fina, não só pancada. E, mesmo assim, o nome dele muitas vezes fica restrito ao “circuito de iniciados”.
E tem outro detalhe bom pra costurar a nota: conforme relatou a Ultimate Classic Rock, Bruford chegou a tocar com o Genesis ao vivo quando o Collins precisou sair da bateria para assumir os vocais, na primeira turnê pós–Peter Gabriel. Ou seja, não era só admiração à distância: ele dividiu a rotina com o cara e viu de perto como funcionava.
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No fim, o elogio do Collins é menos “ranking dos maiores” e mais uma observação de músico: existem bateristas que você ouve e pensa “ok, grande”, e existe aquele que você ouve e pensa “isso aí não parecia com ninguém”. Para ele, Bruford estava nesse segundo grupo.
