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Segundo revelou o diretor da Visão, Rui Tavares Guedes, ao portal +M (ECO), o grupo, composto por 12 profissionais, incluindo elementos da direção, editores e grandes repórteres, tem realizado reuniões regulares para explorar a viabilidade do projeto e iniciou já contactos informais para perceber de que forma pode avançar com a proposta.

“É uma ideia, uma das hipóteses. Pode ser uma associação de jornalistas ou uma cooperativa de jornalistas. São ideias, estamos a ponderar essas hipóteses e estamos a averiguar as várias possibilidades“, explicou o diretor.

O movimento, motivado pela intenção de manter a independência editorial da revista, surge num momento em que o futuro da publicação permanece incerto. Após o chumbo do plano de insolvência apresentado por Luís Delgado, acionista único da TiN, o tribunal decretou o encerramento da atividade da empresa. O empresário já recorreu da decisão no Tribunal da Relação de Lisboa.

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Apesar das dificuldades, a Visão voltou às bancas na última quinta-feira, com nova edição já a ser preparada. A redação tem assistido a um aumento das vendas em banca, com edições esgotadas em vários pontos de venda e uma crescente mobilização da comunidade, que tem demonstrado apoio à continuidade do projeto.

Além da proposta de associação, os jornalistas subscreveram um pedido de convocação de nova assembleia de credores, com o objetivo de ratificar o plano de insolvência anteriormente chumbado, removendo a cláusula considerada ilegal pelo tribunal. O administrador de insolvência, André Correia Pais, juntou-se ao pedido e propôs que a cessação da atividade da empresa seja adiada até outubro, altura em que termina o pré-aviso do despedimento coletivo.

Rui Tavares Guedes sublinha que alguns títulos do grupo TiN têm potencial de sustentabilidade, se operarem com uma estrutura de custos reconfigurada. Por isso, defende que a venda dos ativos deve garantir o maior retorno possível para os credores.

Na semana passada, o Taguspark encerrou as instalações onde funcionava a redação da TiN, mas manteve a eletricidade para garantir o funcionamento dos servidores, o que permite continuar a faturar as receitas de vendas em banca.