O arranque da próxima semana trará consigo um aumento significativo das temperaturas, especialmente no Sul do país, onde os termómetros podem ultrapassar os 43ºC em diversos locais.

Joana Campos Joana Campos 08/08/2025 16:09 5 min

Os termómetros vão voltar a subir de forma expressiva, principalmente na região Sul do país. Nos últimos dias temos assistido a valores elevados de temperatura um pouco por todo o território, mas a Região Norte tem sido a mais fustigada, tendo levado o IPMA a emitir avisos vermelhos para todos os distritos. Neste momento, esse aviso está em vigor para Vila Real e Bragança, apenas.

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Contudo, o cenário vai inverter-se. Os valores de temperatura máxima vão diminuir ligeiramente no Norte, mesmo nas zonas tendencialmente mais quentes, e vão aumentar de forma significativa no Sul. Tanto o modelo europeu como o americano mostram valores acima dos 43ºC em vários locais do Alentejo.

Com o calor extremo devemos evitar a exposição solar e não só

Segundo a Direção Geral de Saúde (DGS), há uma série de cuidados extra a ter em conta quando as temperaturas sobem. Entre eles, é recomendado “procurar ambientes frescos e arejados, beber água ou sumos naturais com regularidade e mesmo que não tenha sede, evitar a exposição direta ao sol nas horas de maior calor, nomeadamente entre as 11h e as 17 horas, evitar atividades que exijam grandes esforços físicos, como desporto ou atividades de lazer no exterior“.

índice UVEm dias de muito sol, o índice de raios Ultravioleta dispara. Durante o fim de semana, o mesmo poderá chegar ao 10, que equivale a um risco muito elevado para exposição solar.

A permanência em locais exteriores sem qualquer cuidado ou proteção em relação ao calor, pode resultar em desidratação grave, cãibras, agravamento de doenças crónicas, esgotamento devido ao calor, insolação e até mesmo morte. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), todos os anos morrem cerca de 175 mil pessoas devido ao calor extremo na região europeia da mesma, que conta com 53 estados-membros, abrangido a União Europeia e outros países da Europa e Ásia Central.

No arranque da próxima semana, para quem vive nestes locais, evite sair de casa

A partir de segunda-feira, principalmente, as temperaturas vão subir no Sul do país. O Baixo Alentejo poderá contar com valores até 41ºC, sendo que no resto da região alentejana esperam-se valores acima dos 37ºC.

No entanto, será na terça-feira que o cenário irá agravar. Para além de se esperar uma subida das temperaturas em todo o país, no Sul este aumento poderá resultar num calor abrasador, onde ambos os modelos, europeu e americano, mostram valores acima dos 43ºC, desde o Ribatejo ao Alentejo.

temperatura do ar à superfícieTerça-feira poderá ser um dos dias mais quentes da próxima semana. Ambos os modelos de previsão, europeu e americano, mostram valores acima dos 43ºC para o Ribatejo e Alentejo.

Segundo o nosso modelo de referência, ECMWF, os valores mais elevados poderão registar-se nas zonas de Ferreira do Alentejo, Moura, Serpa e Mértola, podendo o mercúrio subir até aos 44ºC.

Já em relação ao modelo americano, GFS, os valores mais elevados poderão ser registados nas áreas de Mora, Avis, Ponte de Sor e Abrantes. Estes poderão chegar aos 45ºC!

Com isto, aconselhamos, por todos os motivos explicados acima, que se mantenha resguardado e que evite sair de casa, fazendo-o só para o que for extremamente necessário e caso o faça, cumpra com as recomendações da DGS, principalmente no que à hidratação e proteção solar diz respeito.

É necessária precaução noutras regiões do país

Apesar de as temperaturas mais elevadas poderem ser sentidas no Sul so país, toda a faixa interior estará exposta a temperaturas na ordem dos 40ºC, de Norte a Sul, e mesmo na faixa litoral os valores vão aumentar, sendo esperados valores acima dos 30ºC em praticamente toda a geografia continental.

IPMA emite novos avisos: todos os distritos do continente e duas regiões da Madeira estarão sob aviso devido ao calor

Desta forma, todos os conselhos supracitados se estendem a estas áreas, pois apesar de as temperaturas não serem tão elevadas, acabam por sê-lo na mesma e exigem cuidados, especialmente nos grupos mais vulneráveis da nossa população, como as crianças, idosos e pessoas com doenças cardio-respiratórias.