Após a operação da polícia, Oruam permaneceu algumas horas foragido, mas se entregou à polícia. “Eu errei. Desculpa aí todo mundo, vou provar para vocês que não sou bandido. Vou dar a volta por cima e depois vou vencer através da minha música. Ontem, eu tava muito nervoso com tudo que aconteceu. Quero dizer aos meus fãs que amo muito vocês”, disse ele, na época.
Além da tentativa de homicídio, o cantor responde pelos crimes de tráfico de drogas, associação ao tráfico, resistência qualificada, desacato, dano qualificado, ameaça e lesão corporal.
A defesa ressalta que Oruam foi inicialmente acusado por tráfico de drogas e associação para o tráfico, mas a acusação foi reclassificada como tentativa de homicídio. Para os advogados do rapper, isso parece uma manobra jurídica infundada.
Segundo a análise da defesa, a detenção é baseada em “alegações frágeis e artificiais” — o que reforça a narrativa de perseguição a Oruam. “Claramente motivada por interesses midiáticos e não por aspectos concretos e técnicos”.
Os advogados ainda ponderam que “em nenhum momento” a integridade física dos agentes foi colocada em risco. “Ademais, a conduta dos policiais também evidencia que, ao momento, não existia risco real de morte. Se assim fosse, não teriam agredido fisicamente o grupo, não teriam entrado na casa do cantor e causado danos materiais a objetos pessoais, como roupas e móveis, xingamentos e as constantes ameaças com armas de fogo, demonstrando que não havia um perigo iminente de morte ou ferimentos graves”.