Quase 15 anos após sua morte, Michael Jackson continua dando o que falar — não apenas por seu legado artístico, mas também pelos testemunhos e histórias de quem conviveu com ele. Nesta semana, quem relembrou o tempo que passou ao lado do Rei do Pop foi Todd Bridges, o ator que interpretou Willis na lembrada série “Arnold” (Diff’rent Strokes), também conhecida no Brasil como “Minha família é uma bagunça”.

No podcast The Patrick LabyorSheaux, Bridges contou que foi ele quem indicou Janet Jackson quando os roteiristas buscavam uma atriz para interpretar a namorada de seu personagem. “Eu a tinha visto como Penny na série ‘Good Times’ e pensei: ‘Essa garota é lindíssima. Preciso conseguir o telefone dela’”, recordou.

Não apenas conseguiu, mas também engatou uma espécie de romance com ela por telefone. “Ela era muito tímida, mas a gente conversava o tempo todo.” Então, quando começaram a busca por uma atriz para a série, ele sugeriu o nome de Janet.

“Eles disseram: ‘Sério?’. Eu falei: ‘Contratem ela. Quero ela ou peço demissão’. E, claro, a contrataram, e ela se tornou minha namorada na série”, resumiu. Janet participou como atriz convidada em 10 episódios, entre 1980 e 1984, no papel de Charlene DuPrey.

Durante parte desse período, também namoraram na vida real. “Foi divertido. Janet é a melhor pessoa do mundo. Nos divertimos muito”, disse o ator. Naquela época, Bridges percebia o grande esforço que a jovem atriz fazia para conquistar espaço no mundo do entretenimento, enquanto seus irmãos mais velhos já seguiam carreiras bem-sucedidas.

“Quando comecei a sair com ela, me apresentou aos irmãos e ao resto da família. E, para um garoto de 16 anos, isso não é nada divertido, sabe? Você tem que conhecer o irmão dela, e todos ficam te olhando fixamente”, relembrou entre risos. Mas não foi o que aconteceu ao conhecer Michael, que na época trabalhava em um dos álbuns mais icônicos da música moderna, Thriller.

“Foi uma loucura. Fui à casa de Havenhurst, que estava em reforma. Eles estavam morando em condomínios enquanto reformavam a mansão. Lembro que estava lá, olhando alguma coisa, e de repente Michael chegou dirigindo e derrapou com o carro em alta velocidade”, contou.

“Ele saltou do carro e começou a cantar: ‘Because this is thriller’. E eu pensei: ‘O que ele está fazendo?’. Então Janet me explicou: ‘Ah, ele está cantando algo do próximo álbum’”, relatou.

Bridges também lembrou de um passeio de carro com o ícone pop. Rindo, disse: “Vou te dizer uma coisa: andar num carro dirigido pelo Michael dava medo. O tempo todo eu pensava: ‘Por favor, não me mate’. Eu estava apavorado, porque ele dirigia como um louco.”

Quando perguntado sobre as diferentes versões que existem sobre o comportamento do cantor longe das câmeras e dos olhares curiosos, o ator afirmou: “No palco, ele era diferente. Mas, na vida real, era simplesmente uma pessoa normal. Tinha as mesmas conversas que qualquer um, coisas que gostava, coisas que não gostava… mas provavelmente foi a pessoa mais talentosa que conheci na minha vida.”