A filha secreta do lendário vocalista da banda Queen, Freddie Mercury, fez uma declaração emocional antes da publicação de um livro que aborda seu relacionamento com o artista. Conhecida apenas como B, a mulher expressou sua angústia em relação à fama e ao legado de seu pai, afirmando: “Eu não queria compartilhar meu pai com o mundo inteiro”.

Ela continuou, revelando as dificuldades enfrentadas após a morte de Mercury: “Após seu falecimento, tive que aprender a lidar com os ataques contra ele, as distorções sobre sua vida e a sensação de que meu pai agora pertencia a todos. Eu chorei e lamentei meu pai enquanto fãs ao redor do mundo lamentavam Freddie. Com apenas 15 anos, não é fácil passar por isso”.

B também refletiu sobre os desafios de crescer sem a presença de Mercury: “Tive que me tornar adulta sem ele e viver momentos estruturantes da minha vida sem seu apoio. Durante 30 anos, construí minha vida e minha família sem ele, aceitando que ele não estaria presente nos momentos felizes. Enquanto o mundo reinterpretava a vida de Mercury, eu precisava dele só para mim e minha família. Como poderia ter falado antes?”.

A declaração de B surge em resposta às alegações de Mary Austin, ex-parceira e amiga íntima de Freddie, que supostamente disse não conhecer B. Austin, que herdou parte da fortuna de Mercury e prefere evitar os holofotes, aparentemente levantou dúvidas sobre a veracidade da história de B em uma entrevista.

“Love, Freddie”

O livro intitulado “Love, Freddie”, programado para ser lançado em setembro, narra a história da filha gerada acidentalmente durante um relacionamento passageiro em 1976. Essa revelação pegou muitos fãs de surpresa, uma vez que sempre aceitaram Mercury como um homem gay. O último namorado do cantor, Jim Hutton, também escreveu sobre suas experiências ao lado dele.

Freddie Mercury era conhecido por sua presença de palco exuberante e sua impressionante capacidade vocal. Embora tenha tido relacionamentos significativos com mulheres, como Mary Austin — com quem viveu e ficou noivo antes de se assumir gay — sua paternidade permaneceu um segredo bem guardado.

No primeiro capítulo do livro, uma carta manuscrita da filha afirma: “Freddie Mercury foi e é meu pai. Tivemos um relacionamento muito próximo e amoroso desde o momento em que nasci até os últimos 15 anos de sua vida. Ele me adorava e era dedicado a mim”.

Mary Austin, considerada o grande amor da vida de Mercury, teria negado saber da existência da filha secreta. A autora Lesley-Ann Jones, responsável pelo livro, expressou surpresa com a reação de Austin, ressaltando que abordou-a diversas vezes para entrevistas sem obter resposta.

B afirmou estar devastada pela suposta reação de Austin: “Por 34 anos, a verdade sobre a vida de Freddie foi distorcida, mas ela nunca disse nada — exceto por seu comentário sobre o filme Bohemian Rhapsody, que ela descreveu como ‘licença artística’”.

Segundo o ‘Daily Mail’, a autora Jones comentou sobre as críticas enfrentadas antes do lançamento do livro: “A história é dela. As citações são dela. A fonte são os 17 diários manuscritos que Freddie me deu três semanas antes de morrer”.

B esclareceu suas razões para colaborar com Jones: “Foi minha decisão entrar em contato com Lesley-Ann Jones. Ela respeitou meus pedidos durante todo o processo editorial”. Ela enfatizou ainda que estava satisfeita com o resultado final do livro.

Em sua declaração final, B compartilhou suas reflexões sobre os anos após a morte do cantor: “Esses anos foram marcados por tudo o que não pudemos fazer juntos — conversas não realizadas, perguntas não feitas e risos não compartilhados. Foram momentos e tempo que nunca tivemos para desfrutar juntos”.