Uma pesquisa da Harvard Medical School, publicada nesta quarta-feira (6) na respeitada revista científica Nature, revela que a deficiência de lítio no cérebro pode ser um fator crucial no desenvolvimento do Alzheimer, e que um novo composto de lítio reverteu os sintomas em camundongos. O estudo oferece esperança para diagnóstico e tratamento precoces.

  • O estudo demonstrou que o lítio existe naturalmente no cérebro, protegendo-o da neurodegeneração e mantendo a função normal das células cerebrais; sua perda é uma das mudanças mais precoces no Alzheimer, sendo que os níveis estavam significativamente reduzidos em cérebros humanos com comprometimento cognitivo leve e Alzheimer avançado.
  • A redução dos níveis de lítio cerebral ocorre devido à sua captação prejudicada e, conforme a doença avança, à sua ligação e sequestro por placas de proteína amiloide (que podem conter quase três vezes mais lítio do que as regiões sem placas), diminuindo sua disponibilidade no cérebro.
  • Em modelos de camundongos, a deficiência de lítio acelerou patologias cerebrais como o acúmulo de placas amiloides e emaranhados de tau, perda de sinapses e mielina, inflamação cerebral e declínio da memória; a reposição do lítio reverteu esses danos e restaurou a função cognitiva.
  • Os cientistas criaram um tipo especial de lítio chamado orotato de lítio. Esse composto não fica preso nas placas do cérebro. Funciona com doses equivalentes a um milésimo das que são usadas para tratar depressão. Nos testes, não causou efeitos colaterais nos ratos.
  • A pesquisa foi feita apenas em animais. Agora é preciso testar em pessoas para ver se funciona e se é seguro. No futuro, exames de sangue podem detectar quem tem pouco lítio no corpo. Mas médicos alertam: não tome lítio por conta própria, pois pode ser tóxico em doses erradas.

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