A moda sempre foi um lugar onde devemos encontrar a melhor forma de nos expressarmos. Quem somos e quem queremos ser, seja através das roupas ou dos acessórios. Nas lojas de roupa, é habitual encontrar uma separação clara entre secções “masculinas” e “femininas”, refletindo uma oferta pensada por género. Esta divisão, embora comum no retalho, sugere limites. Rui Gomes, fundador da marca portuguesa IURGO, defende uma abordagem diferente: para ele, a moda deve ser um espaço de liberdade e expressão individual — e não se deve fechar em “caixinhas”.
“Acreditamos que a moda não tem género, corpo ideal ou origem certa, a moda é liberdade. Na IURGO, cada pessoa tem lugar. Porque vestir-se bem é um direito, não um privilégio”, escreve o jovem de 20 anos sobre a marca lançada a 27 de julho.
Rui Gomes dá nome ao novo projeto, que resulta da inversão do nome Rui, juntamento com “Go” de Gomes, trocadilho que nos quer trocar as voltas ao acabar com as convenções no mundo da moda. O novo jovem talento português tem uma “vontade imensa de mudar o mundo, a começar pela forma como ele se veste” e foi com esse objetivo que criou a IURGO, sendo este o caminho que encontrou para “garantir que ninguém fica de fora”.
Tal pode ver-se na nova e primeira coleção primavera/verão, denominada “Corpo Livre”, uma afirmação visual e emocional daquilo que a marca representa: liberdade de expressão, desconstrução de rótulos e a celebração da individualidade. A estética é urbana, crua, direta. As peças foram criadas sem filtros, com cortes que desafiam normas e com um propósito inclusivo.
No fundo, com estas novas propostas, a IURGO “não apaga o género, simplesmente não o impõe. É uma marca para quem quer vestir aquilo que é, sem precisar de pedir permissão”.
Mostramos, na galeria de imagens, algumas peças desenhadas pelo jovem talento de 20 anos.