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O MB Way é usado por milhares de portugueses. No entanto, há um risco escondido quando é ligado à conta bancária principal.

O MB Way tornou-se uma ferramenta indispensável no dia a dia de milhares de portugueses. Permite fazer transferências instantâneas, pagar compras online e realizar operações no telemóvel com rapidez e praticidade. No entanto, manter a aplicação associada à conta bancária principal pode representar um risco maior do que muitos imaginam.


Quando a conta principal está em jogo
MB WayCrédito editorial: Kristina Vykhor / Shutterstock.com (ID: 579439603) /©MB Way

Associar o MB Way à conta onde entram ordenados ou estão guardadas poupanças equivale a abrir uma porta direta para todo o saldo disponível. Em caso de falha de segurança, perda do telemóvel, ataque de phishing ou simples descuido com o PIN, todo o dinheiro pode ser transferido em poucos minutos.

A vulnerabilidade não vem apenas de hackers ou falhas técnicas. Pequenos hábitos inseguros, como usar códigos fáceis de adivinhar, deixar o telemóvel sem bloqueio ou aprovar operações sem verificar, aumentam significativamente o risco.


MB Way é seguro, mas o comportamento dos utilizadores conta (e muito)
MB WayCrédito editorial: Domenico Fornas / Shutterstock.com (ID: 2298047391) /©MB Way

A aplicação dispõe de autenticação, PIN, biometria e protocolos de proteção. Ainda assim, a segurança depende do comportamento do utilizador. Confirmar operações de forma apressada, clicar em links desconhecidos ou partilhar dados sensíveis abrem caminho para fraudes.

A forma mais eficaz de proteger o dinheiro consiste em associar o MB Way a uma conta secundária. Cria essa conta no mesmo banco, como subconta, ou abre-a noutra instituição, de preferência digital e sem custos, como Moey, Revolut ou Banco CTT.

Carrega apenas o valor necessário para pagamentos diários ou semanais e mantém a conta principal desligada da aplicação. Assim, mesmo que ocorra uma fraude, limitas o impacto financeiro.

Fraudes com o MB Way já atingem utilizadores em todo o país. Burlões simulam compras em plataformas como OLX, efetuam transferências não autorizadas e enviam mensagens com links que imitam comunicações oficiais.

Quando a aplicação está ligada à conta principal, os prejuízos chegam facilmente a centenas ou milhares de euros em segundos. Muitos bancos recusam devolver o dinheiro, considerando o utilizador responsável por ter confirmado a operação.


Como é que podes reforçar a proteção?
mb wayCrédito editorial: Travel man / Shutterstock.com (ID: 772680664/770358595) / Pixabay

Mesmo com uma conta secundária, há medidas essenciais para reduzir riscos:

  • Definir um PIN único e difícil de adivinhar;
  • Ativar a autenticação biométrica;
  • Manter o telemóvel com bloqueio de ecrã;
  • Confirmar sempre a identidade de quem solicita transferências;
  • Evitar partilhar capturas de ecrã com IBAN ou números de telemóvel associados ao MB Way;
  • Desconfiar de mensagens ou chamadas urgentes a pedir dados pessoais ou códigos.

Assim sendo, separar a conta do MB Way da conta principal não implica custos adicionais e pode significar a diferença entre perder um valor limitado e ver desaparecer todas as poupanças. Este simples ajuste na forma de utilizar a aplicação aumenta a tranquilidade e reduz o impacto de possíveis ataques. Em caso de contacto suspeito, a verificação junto do banco ou da entidade oficial é fundamental antes de tomar qualquer ação.

Quais são as medidas de segurança que usas?

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About The Author

David Passos

Licenciado em Antropologia, Mestre em Gestão da Cultural pelo ISCTE-IUL, e Pós-graduado em Estudos Visuais: Fotografia e Pós-Cinema na FCSH. É fotógrafo e cineasta, tendo estreado a sua segunda curta-metragem, “Traz Chuva”, no Cinema São Jorge, em Lisboa. Faz parte da MHD desde 2022, sendo atualmente redator e Coordenador de Música. Tem interesse numa grande variedade de assuntos, desde música, a gaming, cinema, literatura e televisão. Especialista em LEGO e Senhor dos Anéis.