Bruce Dickinson refletiu sobre um dos momentos mais delicados de sua carreira: sua saída do Iron Maiden em 1993 e o período turbulento que se seguiu. Em nova entrevista, o vocalista falou com franqueza sobre inseguranças criativas, crise de identidade artística e a verdadeira mensagem por trás de “Tears of the Dragon”, um dos maiores sucessos de sua carreira solo.
Iron Maiden – Mais NovidadesFoto: Midiorama
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A faixa foi lançada em 1994 como single do álbum “Balls to Picasso” e se tornou rapidamente um favorito dos fãs. Apesar disso, Dickinson acredita que muita gente não entendeu a real profundidade da canção. A entrevista foi publicada pela Loudersound.
“É um pouco mais profundo que isso. Dizer que é um ‘adeus ao Maiden’ soa como se eu estivesse desprezando a banda, mas é algo mais introspectivo. Fala sobre dúvida interna, e eu estava sentindo muito disso porque percebi, quando comecei a trabalhar no álbum solo, que eu realmente não tinha ideia do que estava fazendo. Criativamente, eu me sentia perdido.”
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O vocalista confessou que, mesmo com sua longa experiência, enfrentou uma fase intensa de autoquestionamento: “Achei realmente perturbador me sentir perdido. Você não sente isso no Maiden, porque tudo tem uma forma, uma direção. Você entra no fluxo e faz parte dele. Mas me preocupava pensar que, de certa forma, estar na banda tinha desativado várias das minhas faculdades críticas. Eu pensava: ‘Isso é terrível. Qual é a minha idade? Não sou velho o suficiente para ser um artista de uma nota só!’”
Foi nesse contexto que surgiu o impulso para tomar uma decisão radical: “Comecei a experimentar. E então tive um momento de clareza e pensei: ‘Sabe de uma coisa? Talvez eu deva sair.’”
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Essa escolha marcou uma guinada arriscada em sua trajetória. Longe do conforto criativo que o Maiden proporcionava, Dickinson passou a explorar novos territórios musicais, mergulhando em colaborações com o guitarrista e produtor Roy Z e reunindo forças com Adrian Smith, que também havia deixado o Maiden, três anos antes, em 1990.
Smith comentou recentemente sobre o reencontro criativo com Bruce: “Nos anos 90, quando eu estava focado nos meus projetos solo, ele veio até mim dizendo que queria que eu entrasse na banda dele. E eu realmente gostava das músicas que ele estava fazendo com o Roy Z… Então resolvi apostar nisso com o Bruce, e foram anos incríveis. Aprendi muito com o Roy. Bruce e eu nos damos muito bem e, na minha opinião, compomos músicas fantásticas juntos.”
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O resultado dessa parceria foi evidente nos discos “Accident of Birth” (1997) e “The Chemical Wedding” (1998), que hoje figuram entre os álbuns mais aclamados da carreira solo de Dickinson — obras que trouxeram de volta a confiança criativa do vocalista e o reconectaram com sua essência artística.
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