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O novo foguetão europeu Ariane 6 foi lançado com sucesso pela terceira vez na noite de terça-feira, transportando um satélite para órbita para previsão do tempo e monitorização climática.
“O sucesso deste segundo lançamento comercial confirma o desempenho, a fiabilidade e a precisão do Ariane 6”, afirmou Martin Sion, CEO do ArianeGroup, operador do foguetão.
“Mais uma vez, o novo lançador europeu de carga pesada responde às necessidades da Europa, garantindo um acesso soberano ao espaço“, acrescentou Sion.
Este é o segundo voo comercial do foguetão, que está a ser desenvolvido há quase uma década com a Agência Espacial Europeia (ESA). O voo é um passo significativo, uma vez que dá à Europa um acesso independente ao espaço e reduz a sua dependência da SpaceX de Elon Musk.
Phil Evans, diretor-geral da Organização Europeia para a Exploração de Satélites Meteorológicos (EUMETSAT), afirmou que o satélite recém-lançado também ajudará os países europeus a “criar resiliência contra a crise climática”.
“As condições meteorológicas extremas custaram à Europa centenas de milhares de milhões de euros e dezenas de milhares de vidas nos últimos 40 anos”, afirmou Evans, numa declaração após o lançamento.
O lançamento constitui um “grande passo em frente para dotar os serviços meteorológicos nacionais dos nossos Estados-membros de ferramentas mais eficazes para salvar vidas, proteger bens e construir resiliência contra a crise climática”.
O lançamento ocorreu no Porto Espacial Europeu em Kourou, na Guiana Francesa. A separação da nave espacial seguiu-se após 1 hora e 4 minutos, informou a Arianespace.
A Airbus Defence and Space construiu a nave espacial ao abrigo de um contrato com a ESA. Será operada pela EUMETSAT, que distribuirá os seus dados aos utilizadores.
O Ariane 6 foi lançado pela primeira vez em julho de 2024, no seu voo inaugural, e foi lançado novamente no âmbito da sua primeira missão comercial em março deste ano.