Vai ser um telefonema especial – +380 é o indicativo da Ucrânia, 44 o de Kiev. E a seguir a esse telefonema haverá uma série de outros – aí com vários indicativos

O que se sabe sobre a cimeira do Alasca entre Trump e Putin na sexta-feira

por CNN Internacional

 

O presidente Donald Trump vai reunir-se a sós com o presidente russo, Vladimir Putin, em Anchorage, no Alasca, na sexta-feira.

Trump espera concentrar-se exclusivamente no fim da guerra na Ucrânia, deixando para outra ocasião outras questões que o Kremlin indicou poderem estar em discussão — incluindo a normalização das relações EUA-Rússia.

Eis o que se sabe sobre o encontro bilateral:

Ucrânia não representada: o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, não participará na cimeira, embora Trump tenha dito que planeia telefonar a Kiev e a outros líderes europeus imediatamente após o encontro.

Baixar expectativas: Trump apresentou a cimeira como um momento para perceber quais são os limites de Putin relativamente ao fim da guerra e reconheceu que seriam necessárias novas reuniões para alcançar um acordo de paz final. A Casa Branca descreveu o encontro como um “exercício de escuta”, parecendo reduzir as expectativas quanto a um acordo.

Pontos de divergência: Trump disse que o seu objetivo é, em última instância, sentar Putin e Zelensky na mesma sala para resolverem as suas diferenças e aventou que apenas eles conseguiriam encontrar uma forma de terminar a guerra através de alguma “troca de territórios” entre si. Zelensky prometeu não ceder território do leste ucraniano à Rússia, afirmando que abandonar a região do Donbass abriria caminho para Putin “iniciar uma terceira guerra” na Ucrânia.

Questões logísticas: o verão é época alta de turismo no Alasca e as opções disponíveis e adequadas para receber os presidentes dos EUA e da Rússia eram limitadas. Apenas a Base Conjunta Elmendorf-Richardson, no limite norte de Anchorage, cumpria os requisitos dos organizadores para a realização do encontro histórico, embora a Casa Branca desejasse evitar a perceção de acolher o líder russo e a sua comitiva numa instalação militar norte-americana.