Os brasileiros estão mais otimistas com a longevidade do que o restante do mundo: acreditam que viverão até os 80 anos, dois anos acima da expectativa média global, de 78 anos. É o que aponta o estudo Attitudes to Ageing 2025, realizado em 32 países pela Ipsos, empresa de pesquisa de mercado.
O levantamento entrevistou cerca de 1.000 indivíduos com 18 anos ou mais em cada um dos países participantes, entre os dias 24 de janeiro e 7 de fevereiro de 2025, totalizando 23.745 pessoas.
O México (74 anos), a Índia (72 anos), a Turquia (72 anos) e a Hungria (64 anos) apontaram as idades mais baixas como expectativa de vida.
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Além disso, na visão dos brasileiros, as pessoas podem ser consideradas da “terceira idade” a partir dos 65 anos, segundo a pesquisa. O número está abaixo do que os italianos e espanhóis acreditam ser o início da velhice, 73 anos, mas acima do que acham as pessoas da Indonésia: 59 anos.
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Levando em consideração a idade que consideram o início da velhice (65) e a que esperam chegar (80), os brasileiros esperam viver 15 anos na terceira idade, um dos períodos mais longos na velhice encontrados pelo estudo. A soma fica atrás apenas dos 16 anos registrados na África do Sul e dos 17 anos na Colômbia, Filipinas e Indonésia.
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Já a população da Hungria acredita que a maioria não viverá o suficiente para entrar na última fase da vida. Isso porque os húngaros consideram que o início da velhice é aos 65 anos, mas a expectativa de vida vai até os 64.
Entre os pessimistas com a própria longevidade também estão as gerações mais novas, globalmente. Os Millenials (nascidos entre 1981 e 1996) e a GenZ (nascidos entre 1997 e 2010) acham que viverão até os 78 e 75 anos, respectivamente.
Já entre as gerações dos Baby Boomers (nascidos entre 1947 e 1963) e X (nascidos entre 1964 e 1983) essa expectativa sobe para 84 e 80 anos, respectivamente.
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Os dados mostram ainda que a maioria das pessoas não está entusiasmada com a velhice. Nos países pesquisados, 57% afirmam não estar ansiosas pela terceira idade, contra 38% que dizem estar. A resistência diminui de acordo com a renda, o nível de escolaridade e a distância da velhice, sendo os jovens os mais entusiasmados.
No Brasil, porém, o cenário aponta o oposto. Mais da metade (57%) dos entrevistados disseram estar ansiosa para chegar à velhice, contra 38% que não estão entusiasmados com essa perspectiva.
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No recorte por idade, os resultados indicam que as gerações mais jovens, a Z e Millennials, são as que mais esperam ansiosamente pela terceira idade, especialmente homens da geração Z (46%) e Millennials (44%).
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Já as mulheres apresentaram índices de expectativa pela velhice sempre mais baixos que os homens, com destaque para a geração Baby Boomer, na qual apenas 29% das entrevistadas disseram aguardar com entusiasmo a entrada na velhice.
Ainda no recorte por gênero, considerando todas as idades pesquisadas (18 a 74 anos), na Indonésia, 89% das mulheres e 88% dos homens demonstram entusiasmo para chegar à terceira idade. No Brasil, 59% das mulheres e 55% dos homens relatam esse sentimento.