Fogo que já provocou cinco feridos evolui de forma “errática” em direção a quatro concelhos diferentes
Começou com três focos provocados por uma trovoada durante a madrugada, para depois evoluírem de forma “muito, muito violenta”.
Foi desta forma que o 2.º comandante sub-regional de Emergência e Proteção Civil de Coimbra explicou o incêndio que mais preocupa Portugal, e que teve início por volta das 05:00 desta quarta-feira em Arganil.
Um fogo que consome a zona da aldeia histórica do Piódão, tendo evoluído três quilómetros logo nos primeiros momentos.
Em menos de um dia arderam já mais de cinco mil hectares, com várias populações a terem estado na rota do fogo, mas com as autoridades a conseguirem garantir o socorro das pessoas.
Ainda assim, Nuno Seixas confirmou que há cinco feridos na sequência do fogo, todos eles bombeiros, quatro deles transportados para o hospital. São feridos ligeiros que sofreram queimaduras ou se sentiram mal no combate às chamas.
Apesar da dimensão do dispositivo de combate, que tem quase 800 operacionais, há populações que continuam em risco na zona, tanto a norte do incêndio, como na parte sul.
A Proteção Civil vai garantindo, em conjunto com a GNR, que essas populações têm toda a ajuda necessária.
Olhando para a frente, a noite é imprevisível, já que o vento faz com que o vento evolua de forma “errática”, de acordo com Nuno Seixas, que confirmou a evolução do incêndio para Oliveira do Hospital, para Arganil, Seia e até para Pampilhosa da Serra.
“Temos de manter a proteção às populações”, reiterou, explicando que esses três focos de incêndio se juntaram por causa da meteorologia, acabando por formar um “megaincêndio”.
Neste momento a atenção maior vai para as populações de Tojo, Fórnea e Malhada Chã, a sul, e Chão Sobral ou Casas Figueiras a norte.