A The Eras Tour não só é a digressão mais rentável da história, como é responsável pela história de amor de Taylor Swift e Travis Kelce. O casal juntou-se pela primeira vez para falar sobre a relação e sobre o novo álbum da artista, The Life of a Showgirl, no podcast do futebolista e do irmão, Jason Kelce, o New Heights. “Dou crédito à The Eras Tour. Se eu nunca tivesse ido e tivesse ficado hipnotizado…”, contou o atleta ao lado da namorada.

Depois de ter ido ao concerto, recordou Travis Kelce, chegou ao podcast que partilha com o irmão e queixou-se de que não tinha sido possível entregar uma pulseira da amizade (uma tendência lançada pelos fãs da artista durante a digressão) a Taylor. “Se não tivesse saído com tanta vontade de a conhecer, nunca teria ido ao [New Heights] e dito a toda a gente como estava chateado”, relatou e Taylor acrescentou que foi assim que os dois começaram a relação, em 2023, pouco depois do término do namoro com o actor Joe Alwyn.

“Foi um gesto romântico tão selvagem, do tipo: ‘Quero sair contigo!’ Este tipo não teve direito a um encontro e está a fazer disso um problema de todos. Foi o que eu pensei no início”, reagiu Taylor, acrescentando: “Pensei: ‘Se este tipo não for maluco, isto é mais ou menos o que eu tenho escrito nas canções que quero que me aconteça desde que era adolescente. Foi uma loucura, mas resultou.”

A ligação foi instantânea, como “se conhecessem desde sempre”, garante Kelce. “Foi a conversa mais fácil que alguma vez tive. Foi tão divertido que me deixou de rastos”, descreve, apesar de Taylor Swift garantir que não sabia “nada” sobre o mundo do futebol americano, chegando a perguntar a Travis como era jogar no mesmo campo que o seu irmão — os dois partilhavam a mesma posição, em equipas diferentes, e nunca atacavam ao mesmo tempo, explica a dupla de tight-ends (uma posição ofensiva). “Estou a dizer-vos. Ela faz-me muito melhor”, elogiou Travis.

Mas mais do que dar detalhes sobre a relação de ambos, Taylor foi convidada (a “primeira vez num podcast”, confessou) para falar sobre a sua música, contando também como foi recuperar os direitos dos registos originais dos seus primeiros álbuns, depois de uma longa disputa com a usa antiga editora discográfica. “Pensava todos os dias no facto de não ser dona da minha música. Era como um pensamento intrusivo que tinha todos os dias”, confessou, declarando que trabalhava com o objectivo de comprar o catálogo musical.


“Queria-o porque é o meu diário escrito à mão durante toda a minha vida”, explicou. “Estas são as canções que escrevi sobre cada fase da minha vida. São as minhas fotografias, os meus videoclips, a maioria dos quais financiados por mim, as minhas obras de arte. Tudo o que alguma vez fiz está neste catálogo.”

Em Maio, a cantora anunciou a compra à Shamrock Capital, descrevendo a conquista como o seu “maior sonho tornado realidade”. Agora, revelou como foram a mãe, Andrea Swift, e o irmão, Austin, a encontrar-se com os representantes para “explicar” o significado que a música tinha para Swift, enquanto a artista estava no SuperBowl com Travis no Kansas. “Recebi uma chamada da minha mãe e ela disse: ‘Temos a tua música’”, conta, enquanto se emociona.

O momento “mudou a sua vida”. E insiste: “Agora penso nisto todos os dias, mas em vez de ser um pensamento intrusivo que me magoa, penso: ‘Não acredito que isto aconteceu. Quanta sorte tenho eu?’”.




Taylor Swift em Lisboa
Nuno Ferreira Santos

Álbum gravado na Europa

Agora proprietária de todos os seus 11 álbuns, Swift aproveitou a ida ao podcast para anunciar o 12.º disco, The Life of a Showgirl, que será lançado a 3 de Outubro, inspirado pela “alegria” que sentiu durante a The Eras Tour. “Este álbum é sobre o que se passava nos bastidores da minha vida durante esta digressão, que foi tão exuberante, eléctrica e vibrante”, descreveu, usando adjectivos como “contagiante”, “alegre”, “selvagem” e “dramático”.

O disco foi gravado precisamente durante a digressão na Europa (que esteve em Lisboa a 24 e 25 de Maio de 2024), em que Taylor Swift “voava para a Suécia” nas pausas para gravar as 12 canções. A capa mostra Swift a flutuar debaixo de água num corpete adornado com jóias, numa alusão visual a como se sentia depois de cada concerto de 3h30 e mais de 40 canções.

A canção que dá título ao álbum é um dueto com Sabrina Carpenter, que chegou a ser uma das convidadas da The Eras Tour, que aconteceu entre Março de 2023 e Dezembro de 2024, com 149 concertos em 51 cidades. Destacam-se ainda outros títulos como Elizabeth Taylor, Eldest daugher, Father figure e Actually romantic, que prometem “fazer dançar”, adiantou Travis Kelce, que traça uma grande disparidade com o último trabalho da artista, The Tortured Poets Department. “A vida é mais animada agora”, concordou Swift.