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A Praia do Ouro, na vila de Sesimbra, foi interditada a banhos após uma análise ter detetado parâmetros alterados. A interdição ocorre na véspera do Campo de Jogos da mesma praia receber a Taça Nacional de Futebol de Praia masculina, que decorre de 15 a 17 de agosto.

Sesimbra

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A Praia do Ouro, na vila de Sesimbra, no distrito de Setúbal, está interditada a banhos depois de uma análise ter detetado parâmetros alterados, segundo fonte da autarquia. Face a essa situação, foi içada a bandeira vermelha às 18:15, por indicação do delegado de saúde. A interdição acontece na véspera do Campo de Jogos da Praia do Ouro acolher a Taça Nacional de Futebol de Praia, em masculinos, que se realiza entre 15 e 17 de agosto.

Em declarações à agência Lusa, o presidente da Câmara Municipal de Sesimbra adiantou que a interditação foi decretada face à presença na água de valores elevados da bactéria enterococos intestinais e/ou E. coli.


Francisco Jesus explicou que a bactéria foi detetada em análises regulares efetuadas pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA), cujos resultados chegaram esta quinta-feira. O autarca indicou que foi já feita uma contra-análise, aguardando que os resultados sejam conhecidos na sexta-feira.

“Foi feita a tramitação normal e comunicado ao delegado regional de saúde como é normal”, disse.

O responsável adiantou que assim que foi informado do caso colocou em campo os técnicos da autarquia na área do saneamento, mas que não existe qualquer emissário municipal de escoamento de águas residuais para a praia.

Francisco Jesus manifestou-se indignado com esta situação, particularmente, por estas “descargas terem sido apenas participadas à APA por email nas segundas-feiras seguintes” nos dias 04 e 11 de agosto.

“Isto é inadmissível. Numa zona balnear serem feitas duas descargas a duas sextas-feiras, que sabemos que podem pôr em causa o risco a qualidade das águas, e serem apenas comunicadas três dias depois, numa segunda-feira, sem haver um telefonema. Isto foi tratado com uma leviandade e com um sentido de irresponsabilidade brutal”, disse o autarca.

Autarca vai pedir responsabilidades

O autarca frisou que se o assunto tivesse sido tratado desde o momento das descargas para o oceano, que terão sido efetuadas por questões de funcionamento da ETAR, teria havido maior controlo das águas.

“Não sabemos se existe uma relação causa-efeito, mas, na verdade, pode ter”, disse, adiantando que as descargas são feitas no oceano e não na praia, mas com as marés poderão ter atingido a zona.

Uma das descargas, salientou, foi de 500 metros cúbicos.

“É muita água não tratada”, disse Francisco Jesus.

O autarca garantiu que vai pedir responsabilidades, insurgindo-se com a forma, que classificou de leviana, de tratar um assunto desta importância.

[Artigo atualizado às 22:30]