A campanha promocional mais recente do McDonald’s lançada no Japão em conjunto com a Pokemon, que incluía duas cartas das criaturas na entrega dos menus Happy Meal, está envolta em polémica. Enquanto os clientes procuravam os artigos colecionáveis, que podem ser revendidos na internet, a empresa de fast-food colecionava queixas nas redes sociais, tendo a iniciativa reacendido debates sobre limpeza e desperdício alimentar nos fóruns japoneses.

As filas intermináveis e os sacos de comida descartados, que se amontoaram rapidamente nos passeios e nos restaurantes, não passaram despercebidos. “Presumo que haja adultos que genuinamente amam Pokemon (…), mas se é para revender, isto é só patético e vergonhoso”, diz uma utilizadora na rede social X, que publicou uma série de fotos da situação para ilustrar o seu argumento.

Em causa está o valor dos objetos colecionáveis, que a CNN diz estarem a ser vendidos na internet por até 4.000 yen cada (valor equivalente a aproximadamente 24 euros), ao passo que cada menu custa apenas 510 yen (equivalente a três euros). O jornal norte-americano avança que a iniciativa terminou apenas algumas horas depois de ter sido lançada, no sábado, por os clientes estarem a comprar vários menus de cada vez para obter o maior número de cartas possível. O The Japan News, por sua vez, adianta que “várias lojas ficaram sem cartas no primeiro dia da campanha”.

Face a esta situação, o McDonald’s Japão recorreu às redes sociais para pedir as “mais sinceras desculpas” pelo sucedido. No seu site, a sucursal da empresa no país descreve as medidas que vai impor para evitar que tal se repita no futuro, como um limite no número de menus que cada pessoa pode comprar e a recusa de serviço a clientes recorrentes durante estas campanhas promocionais. Revela, ainda, que vai procurar limitar a revenda dos itens promocionais destas campanhas em conjunto com as operadoras dos mercados online que costumam ser usados para o efeito.

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