Quase duas décadas de presenças contínuas no festival valeram aos Linda Martini um culto especial em Paredes de Coura. Tão forte que, mesmo sob um sol abrasador, foram muitos os que, ao sol (e mais ainda à sombra), assistiram ao concerto com que abriram o palco principal Vodafone nesta quinta-feira. Não terão dado o tempo por mal empregue.
Se a fúria sonora constante que marcou os primeiros tempos do quarteto parece hoje distante, tal não significa um aburguesamento. Prova-o a fortíssima consciência social de temas como “Meu Deus capital”, libelo em que encontramos mensagens contestatárias contra as demolições de barracas e o genocídio em Gaza, ou “Facho de luz”, canção que não deve ser confundida com um apoio à extrema-direita e às suas promessas de iluminação, gracejou o vocalista, André Henriques.
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