Após se destacar em eventos internacionais no primeiro semestre, com destaque para o Festival de Berlim, de onde saiu com o Urso de Prata de Grande Prêmio do Júri, “O último azul” deu o pontapé inicial na 53ª edição do Festival de Cinema de Gramado. O diretor Gabriel Mascaro cruzou o devidamente caracterizado “tapete azul” estendido na Rua Coberta de Gramado (RS) na companhia dos atores Denise Weinberg e Rodrigo Santoro.

Antes da exibição no Palácio dos Festivais, Rodrigo registrou sua mão na calçada da fama da cidade. Ele também foi homenageado com o troféu Kikito de Cristal por sua trajetória no cinema brasileiro.

— Passa um filme inteiro na minha cabeça. São 32 anos desde que tudo começou. Eu tinha 18 anos e vou completar 50 na semana que vem. Nesse tempo, aprendi que fronteiras só existem na geografia. A nossa essência, as nossas dores e verdades são universais. Trabalhei em muitos países, em muitas línguas, mas minha essência e meu coração sempre foram muito brasileiros. Essa homenagem no mesmo dia da primeira exibição de “O último azul” no Brasil é muito especial para mim. Agradeço a todos os diretores que acreditaram em mim. Esse Kikito também celebra todos os que caminharam ao meu lado.

Rodrigo Santoro e Denise Weinberg em cena do filme 'O último azul' — Foto: Divulgação Rodrigo Santoro e Denise Weinberg em cena do filme ‘O último azul’ — Foto: Divulgação

Rodrigo, que compareceu à cerimônia acompanhado da esposa, Mel Fronckowiak, e dos pais, se mostrou emocionado com a homenagem. Há 11 anos, o ator já havia recebido uma das honrarias do festival, no caso, o Troféu Cidade de Gramado.

— É muita história, muitos sentimentos. Não tenho vergonha de me emocionar. Agradeço a minha esposa, minha companheira, meu amor que me aguenta. E dedico esse prêmio ao cinema brasileiro independente.

Perto de completar 50 anos, na próxima semana, Rodrigo possui trajetória de destaque no cinema nacional, com obras como “Bicho de sete cabeças”, “Abril despedaçado” e “Carandiru”. Além de “O último azul”, o ator lança em breve “O filho de mil homens”, adaptação de obra de Valter Hugo Mãe.

* O repórter viajou a convite da organização do evento