Ameaça de bomba em avião obriga a aterragem de emergência em Lisboa. Dois passageiros foram detidos para interrogatório

Aparelho da companhia aérea da Sata ia para Espanha, mas acabou por aterrar no aeroporto de Lisboa. Companhia confirma que a “ameaça de bomba” não foi “validada pelas autoridades competentes, após uma inspeção rigorosa à aeronave e à bagagem”

Uma ameaça de bomba em avião obrigou a uma aterragem de emergência em Lisboa apurou a CNN Portugal. O avião da companhia aérea Sata tinha como destino Bilbau, em Espanha, e foi obrigado a fazer um desvio. A ameaça não se confirmou depois das autoridades fazerem uma rigorosa inspeção “à aeronave e à bagagem”. Dois passageiros acabaram por ser detidos para “interrogatório”.

Várias corporações de bombeiros foram chamadas ao aeroporto de Lisboa, onde aterrou o avião, por voltas das 13:15. O alerta foi recebido pelas corporações às 12:50, com indicação para se dirigirem para o local “por prevenção”.

As autoridades policiais também estiveram no local, em torno do aparelho, onde realizaram uma avaliação rigorosa. A informação foi confirmada à CNN Portugal por fonte da PSP que se escusou a adiantar mais pormenores.

O incidente começou por ser inicialmente classificado como alerta vermelho, mas entretanto, baixou para laranja. 

Pouco tempo depois a companhia aérea divulgava um comunicado sobre o incidente e onde explicava o sucedido:

“A Azores Airlines informa que na sequência de uma ameaça de bomba a bordo do voo S4 504, que efetuava a ligação entre Ponta Delgada e Bilbau, o comandante acionou o protocolo de segurança e divergiu o voo para o Aeroporto de Lisboa, tendo este aterrado em segurança”, lê-se no documento. A Sata explica que seguindo “o protocolo previsto a aeronave foi encaminhada para uma zona isolada e segura, por forma a poder ser realizado o desembarque de passageiros e tripulantes de forma tranquila e segura”. 

A companhia lamenta ainda “os constrangimentos” que a situação “possa ter causado”. Confirmou por fim que as autoridades realizaram entrevistas “aos passageiros e tripulação” por forma a apurar os responsáveis por tal ocorrência.

Minutos depois, num novo comunicado a companhia aérea atualizou a informação, acrescentando que “a ameaça de bomba que levou à divergência do voo” não foi “validada pelas autoridades competentes, após uma inspeção rigorosa à aeronave e à bagagem”. E, ainda, que “na sequência deste falso alarme, dois passageiros foram detidos para interrogatório, por suspeita de responsabilidade na comunicação da ameaça”.