O azeite, conhecido como o “ouro líquido” da gastronomia mediterrânica, está presente em quase todas as cozinhas portuguesa e é um ingrediente indispensável em casa. Apesar da sua popularidade, o armazenamento do azeite continua a ser um ponto crítico para manter a sua qualidade e propriedades nutricionais.
O internista Alexandre Olmos, também divulgador científico no TikTok, alerta para práticas comuns que comprometem o azeite virgem extra: “Se estás a guardar o azeite na despensa, estás a arruiná-lo”, afirma.
Segundo Olmos, mesmo os azeites de alta qualidade podem perder rapidamente os seus benefícios se não forem conservados corretamente. O médico explica que o azeite é muito mais frágil do que se imagina, oxidando com facilidade e perdendo propriedades essenciais, incluindo o seu sabor e cor, particularmente nos azeites verdes de colheita precoce.
Para evitar esta deterioração, recomenda-se minimizar a exposição ao oxigénio, usando garrafas pequenas caso se consuma pouco azeite, de forma a abrir a garrafa o mínimo possível. A luz direta também deve ser evitada, uma vez que contribui para a degradação do azeite.
O médico sublinha que o melhor local para conservar o azeite é num espaço frio, longe da bancada de cozinha. A opção mais eficaz, segundo Olmos, é o frigorífico, mesmo que isso cause a solidificação do azeite. Caso isso aconteça, basta colocar a garrafa em banho-maria por alguns segundos, sem prejuízo da qualidade do produto.
Alexandre Olmos lembra ainda que o azeite virgem extra deve ser utilizado sobretudo em pratos frios, devido ao seu baixo ponto de fumo, o que o torna inadequado para frituras ou cozeduras a altas temperaturas. Este cuidado garante que se aproveitam todas as propriedades nutricionais e organolépticas do azeite.